Laranjal do Jari, no Amapá, enfrentou momentos de tensão após a morte do policial civil Mayson Viana de Freitas, 38 anos, ocorrida na sexta-feira (22). Lucas de Souza Nonato, o responsável pelo crime, tomou a arma do policial durante sua apresentação na delegacia e efetuou diversos disparos, vitimando o agente em frente a seus colegas.
Após o assassinato, Lucas invadiu uma residência e manteve uma família refém por 17 horas, desde a noite de sexta-feira até a manhã de sábado (23), instaurando o pânico na cidade.
Durante o período de sequestro, o criminoso realizou transmissões ao vivo nas redes sociais, proferindo declarações provocativas: “Vocês podem me chamar de bandido, de vagabundo… Mas essa é a vida. O ser humano sempre vai olhar para o defeito. Para a sociedade, bandido bom é bandido morto.”
A filha de 10 anos foi libertada na manhã seguinte, seguida pela mãe, que também foi liberada. A rendição do sequestrador ocorreu após intensas negociações e o atendimento de algumas exigências, incluindo o fornecimento de um colete à prova de balas e a permissão para contato com seus familiares.
A área foi cercada por equipes da Polícia Militar, CORE e Grupo Tático Aéreo, visando evitar uma tragédia de maiores proporções.
O delegado-geral Cezar Vieira descreveu o episódio como “uma resposta criminosa sem precedentes” e assegurou que a polícia está unida para enfrentar as consequências do ato.
Mayson Viana, que integrava a corporação desde 2018, deixa esposa grávida de 5 meses. A morte do policial e o subsequente sequestro evidenciam a audácia e a violência de criminosos, que desafiam as autoridades e transformam a comunidade em cenário de medo.