Com o acesso de novos clubes, percentual de partidas em gramados artificiais poderá chegar a 30%

Brasileirão 2026 poderá ter 30% dos jogos em gramado sintético, com novos clubes entrando na competição.

Brasileirão 2026: um marco para gramados sintéticos

O Campeonato Brasileiro de 2026 poderá registrar um feito inédito com até 30% dos jogos realizados em gramado sintético. Com a entrada de clubes como Athletico e Chapecoense, já são quatro os times garantidos que utilizam esse tipo de piso em seus estádios. Além deles, Palmeiras e Botafogo também fazem parte dessa lista crescente.

A presença de Atlético-MG e Vasco, que lutam para se manter na Série A, poderá aumentar ainda mais esse percentual. Caso ambos permaneçam na divisão, o total de partidas em gramados sintéticos poderá atingir 114, o que representa 30% do total de jogos programados para o torneio. Mesmo que o Vasco realize apenas parte de seus jogos em São Januário, a expectativa é que o número ainda seja expressivo, com uma previsão de 105 partidas, ou 27,6% do total.

Históricos de jogos em gramado sintético

Nos últimos anos, o número de jogos realizados em gramados sintéticos tem crescido de forma constante. Em 2023, 54 partidas aconteceram neste tipo de piso, enquanto em 2024 esse número foi de 52 e, em 2025, 55 jogos foram registrados. Essa tendência demonstra um movimento crescente em direção à adoção de gramados artificiais no futebol brasileiro.

Evolução do uso de gramado sintético

O Athletico foi pioneiro na implementação do gramado sintético na elite do futebol brasileiro, estreando na Arena da Baixada em fevereiro de 2016. Essa mudança permitiu melhorias significativas no estádio, incluindo a instalação de um teto retrátil. O Palmeiras também optou pelo gramado artificial em 2020, enquanto o Botafogo adotou essa inovação em 2023, após a implementação de sua SAF. A Chapecoense, por sua vez, recebeu o gramado sintético devido a problemas de umidade em seu campo, buscando soluções para manter a qualidade do jogo.

Polêmica em torno do gramado sintético

Entretanto, a adoção de gramados sintéticos gera debates intensos no meio esportivo. Jogadores famosos, como Neymar e Thiago Silva, se uniram em um movimento contra esse tipo de piso, levantando preocupações sobre a saúde física dos atletas. Recentemente, o Flamengo também se manifestou, destacando as disparidades financeiras que a manutenção de gramados sintéticos pode causar entre os clubes. Por outro lado, os defensores dessa modalidade de campo argumentam que não existem evidências científicas que comprovem um aumento no risco de lesões devido ao uso de gramados artificiais.

Futuro do gramado sintético no Brasil

Com a crescente adoção de gramados sintéticos e a possibilidade de um número elevado de partidas nesta condição para o próximo ano, o debate sobre seus benefícios e desvantagens deve continuar em alta. A situação atual exige que clubes e jogadores se adaptem a essa nova realidade no futebol brasileiro, enquanto a busca por um equilíbrio entre qualidade do jogo e custos de manutenção se torna cada vez mais relevante.

Fonte: ge.globo.com

Fonte: Gramado sintético: solução ou problema? O EE acompanhou alguns testes