Série sobre Ângela Diniz aborda assassinato e reflexões sobre liberdade feminina

HBO Max

A nova produção da HBO Max revisita a história da socialite assassinada nos anos 70 e seus dilemas atuais

A HBO Max estreia série que revive a história de Ângela Diniz, refletindo sobre liberdade feminina e violência de gênero.

Série sobre Ângela Diniz: Assassinada e Condenada

A série “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada”, que estreia na HBO Max nesta quinta-feira (13/11), revisita a história de Ângela Diniz, uma socialite mineira assassinada por seu namorado nos anos 1970. A produção, dirigida por Andrucha Waddington, busca não apenas contar a história trágica da socialite, mas também refletir sobre os dilemas da liberdade feminina e da violência de gênero, que ainda impactam a sociedade brasileira nos dias de hoje.

A história de Ângela Diniz

Ângela Diniz, conhecida por sua beleza e independência, se destacou em um contexto social que limitava as mulheres. Em 1976, iniciou um relacionamento conturbado com Doca Street, que culminou em sua morte após uma discussão. Durante o julgamento, a defesa de Doca utilizou a tese da “legítima defesa da honra”, resultando em uma pena considerada branda para o crime cometido. Este evento gerou uma ampla repercussão na mídia e causou comoção nacional.

A abordagem da série

A série traz Marjorie Estiano no papel de Ângela, retratando-a como uma mulher à frente de seu tempo. A atriz destaca que o desafio foi dar voz a uma personagem cujo prazer e liberdade eram frequentemente negados. Em entrevista, Estiano afirmou: “As personagens femininas não são construídas para sentir prazer e foi um desafio grande e um privilégio fazer a personagem.”

Por outro lado, Doca Street é interpretado por Emílio Dantas, que descreve seu personagem como um reflexo de uma masculinidade ainda presente. Ele ressalta que, se o crime ocorresse nos dias de hoje, Doca provavelmente estaria em posição de destaque na sociedade. Dantas comenta: “É um homem que vive da imagem e do status.”

Reflexões sobre o passado e o presente

O diretor Andrucha Waddington enfatiza a importância de revisitar o caso de Ângela Diniz, pois ele ressoa com debates contemporâneos sobre a violência contra a mulher. A série não apenas narra uma tragédia, mas também provoca reflexões sobre como a sociedade trata questões de gênero. O tema da “legítima defesa da honra” é central na narrativa, uma vez que essa justificativa só foi abolida em 2023.

O impacto da série

Renata Rezende, diretora de produção de ficção da Warner Bros. Discovery, afirma que o objetivo é provocar debate e reflexão sobre a violência de gênero. “Isso é um true crime e uma série de julgamento e não só pela parte jurídica, mas pelo nosso olhar de julgamento”, destaca. A série, que terá seis episódios exibidos semanalmente, promete promover discussões relevantes sobre os desafios enfrentados pelas mulheres tanto no passado quanto no presente.

Estrelada por um elenco talentoso que inclui Antônio Fagundes, Thiago Lacerda, Camila Márdila e outros, “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada” é uma produção que visa dar protagonismo à vítima, evitando transformar a tragédia em espetáculo. O lançamento dos dois primeiros episódios ocorre nesta quinta-feira, e a série busca não apenas entreter, mas também educar e provocar reflexões profundas sobre a condição feminina e a violência de gênero no Brasil.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: HBO Max

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