A série documental “O Assassinato do Ator Rafael Miguel” chegou ao streaming na última quinta-feira, trazendo uma nova perspectiva sobre o crime que vitimou o jovem ator, conhecido por seu trabalho em “Chiquititas”, e seus pais. Rafael Miguel foi assassinado por Paulo Cupertino, que se opunha ao relacionamento do ator com sua filha, Isabela Tibcherani Matias.
A produção busca evitar abordagens sensacionalistas, focando nos relatos de Isabela, que compartilha detalhes do relacionamento e da busca por Cupertino, que permaneceu foragido por um longo período.
A série documental será dividida em três partes. O primeiro episódio, com 41 minutos de duração, já está disponível. Os episódios subsequentes serão lançados às quintas-feiras, sempre às 4 horas da manhã (horário de Brasília). O segundo episódio está programado para o dia 7 de agosto, e o terceiro, para o dia 14 de agosto.
No primeiro episódio, o público acompanha a história do relacionamento entre Rafael e Isabela, narrada pela própria jovem. Ela revela que o namoro enfrentava resistência de Cupertino, levando o casal a se encontrar em segredo e a planejar uma fuga.
A equipe por trás da série afirma que não pretende repetir os erros de outras produções do gênero true crime. A diretora Adriana Cechetti ressalta que o objetivo é explorar outras camadas do caso, mostrando como a violência doméstica influenciou o crime. “Para a gente, é muito importante também que essa série reverbere bastante e gere outras discussões. E que possa ajudar a outras famílias, outras mulheres que vivem na situação que elas viviam, para que não cheguem a crimes como esse”, explicou a diretora.
Rafael Miguel foi assassinado junto com seus pais, João Alcisio Miguel e Miriagem Selma Miguel, em 9 de julho de 2019, enquanto visitavam a casa de Isabela. Paulo Cupertino os surpreendeu e efetuou disparos contra os três.
Cupertino fugiu e permaneceu foragido até 2022, quando foi preso. A investigação apontou que ele mantinha uma relação possessiva com Isabela e era conhecido por episódios de violência doméstica. Em maio de 2025, foi condenado a 98 anos de prisão por triplo homicídio qualificado.