Mudanças no consumo de bebidas e preocupações com fiscalização marcam o cenário atual
Crise envolvendo metanol provoca migração do consumo de destilados e gera incertezas no setor de eventos.
Na última semana, a crise envolvendo intoxicações por metanol no Brasil resultou na migração do consumo de bebidas destiladas, com um impacto significativo no setor de eventos. A Associação Brasileira de Produtores de Eventos (Abrape) expressou preocupações sobre o aumento do controle estatal na atividade, segundo o presidente Doreni Caramori. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recomendou que a população evite bebidas alcoólicas, especialmente os destilados, gerando um clima de insegurança.
Mudanças no consumo e impacto nas vendas
Estimativas não oficiais indicam uma migração de 15% a 20% do consumo de destilados para outras bebidas. Apesar das recomendações de evitar destilados, Caramori acredita que a situação é emergencial e teme que as repercussões a longo prazo sejam mais prejudiciais. Eventualmente, os consumidores podem aprender a distinguir produtos de qualidade, voltando ao consumo normal.
Aumento da fiscalização e adaptação do setor
Flávio Santos, da Agência Criativa, destacou que o maior impacto imediato não será a falta de público, mas sim um aumento na fiscalização. Embora o consumo de bebidas destiladas tenha diminuído, a logística de produção não deve ser severamente afetada devido à margem de retorno de pedidos. Os organizadores de eventos estão buscando conectar-se mais com a indústria para garantir a certificação de distribuidores, promovendo a credibilidade no setor.
Desafios e próximos passos
No cenário atual, as empresas de bebidas destiladas permanecem em silêncio sobre a crise, dificultando a comunicação com o público. A preocupação crescente dos consumidores está levando as empresas a tomar medidas para assegurar a qualidade e a segurança de seus produtos. O futuro do setor dependerá da capacidade de restaurar a confiança do consumidor nas bebidas destiladas.