A decisão impacta o total de perdas relacionadas a biocombustíveis
A Shell espera registrar um prejuízo de US$ 600 milhões após cancelar um projeto de biocombustíveis em Roterdã, elevando perdas totais para US$ 1,4 bilhão.
A Shell espera registrar um prejuízo de US$ 600 milhões no terceiro trimestre após abandonar um projeto de biocombustíveis em Roterdã, elevando o total de perdas e provisões relacionadas ao empreendimento para US$ 1,4 bilhão, informou a companhia nesta terça-feira.
O que motivou a decisão
A Shell havia aprovado o desenvolvimento da usina de biocombustíveis de 820.000 toneladas por ano em 2021, mas pausou a construção no ano passado e cancelou o projeto completamente no início de setembro porque não teria sido competitivo. Essa decisão é parte de uma série de medidas por produtores de combustíveis fósseis que têm recuado em promessas de ampliar investimentos em energia mais limpa.
Tendências do mercado
Em fevereiro, a BP anunciou que reduziria drasticamente seus investimentos em energia renovável, enquanto a Equinor afirmou que diminuiria suas ambições nesse setor. Por outro lado, a Shell também sinalizou um desempenho mais forte no negócio de gás natural liquefeito, elevando sua perspectiva de produção no terceiro trimestre para entre 7 milhões e 7,4 milhões de toneladas, em comparação com 6,7 milhões de toneladas no segundo trimestre.
Expectativas para o futuro
A empresa também informou que espera que sua margem indicativa de refino no terceiro trimestre aumente para US$ 11,6 por barril, em comparação com US$ 8,9 nos três meses anteriores. Além disso, a Shell está buscando novos parceiros ou compradores para alguns de seus ativos químicos, embora a divisão de produtos químicos deva registrar prejuízo no trimestre. Outro impacto significativo será de US$ 200 milhões a US$ 400 milhões devido à redução de sua participação na produção dos campos de Tupi, no Brasil.