Shows de Rapper e Referências Ocultistas Acendem Debate Sobre Influência Espiritual na Música

A crescente presença de temáticas ligadas ao ocultismo na música popular tem gerado discussões acaloradas. Recentemente, a apresentação do rapper Filipe Ret no Rio de Janeiro provocou controvérsia ao exibir imagens demoníacas no telão durante o show. Letras com declarações explícitas contra a fé cristã e alusões ao sobrenatural, como nas canções “Deuses Ateus” e “Réus”, também intensificaram o debate.

A utilização de imagens impactantes e letras provocativas por parte de Filipe Ret não é um caso isolado. Vinícius Lana, pesquisador de escatologia, destaca uma tendência crescente entre artistas de expor abertamente suas inclinações espirituais, contribuindo para o que ele considera uma “normalização de trevas” na cultura popular. Essa postura levanta questões sobre o impacto dessas mensagens no público, especialmente entre os jovens.

Outros artistas também têm se destacado por explorar o ocultismo em suas obras. MC Cabelinho, por exemplo, chegou a declarar ter “vendido a própria alma ao diabo” em sua música “Bala e Fogo”. Já o rapper Matuê é conhecido por suas letras repletas de referências místicas e pelo uso de pirâmides em seus shows, elementos que, segundo o ex-satanista Daniel Mastral, podem funcionar como catalisadores de energia espiritual.

Essa influência não se restringe ao rap. Especialistas alertam para a expansão de elementos associados ao ocultismo em outros gêneros musicais, como o funk e a música eletrônica. Festivais e raves, como os comandados pelo DJ Anymá, têm apresentado projeções visuais de figuras consideradas estranhas e robóticas, criando atmosferas que alguns críticos descrevem como ligadas a um “universo trevoso”. A discussão sobre os limites da liberdade artística e a possível influência dessas manifestações na sociedade continua em aberto.

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