Impasses políticos resultam em prejuízos diários de até US$ 2 bilhões e afetam 1,4 milhão de servidores.
EUA enfrentam o 3º shutdown mais longo da história, afetando 1,4 milhão de servidores e gerando prejuízos significativos.
Shutdown nos EUA entra na 4ª semana
O governo norte-americano, sob a administração de Donald Trump, entrou na quarta semana de shutdown, tornando-se a terceira paralisação mais longa da história dos Estados Unidos. O impasse entre republicanos e democratas sobre o financiamento de programas de saúde e gastos públicos paralisou boa parte da máquina federal, afetando diretamente 1,4 milhão de servidores e provocando prejuízos estimados em até US$ 2 bilhões por dia.
Impactos e prejuízos
Ao menos 900 mil funcionários foram afastados sem salário, enquanto outros 700 mil continuam trabalhando sem remuneração. O Escritório de Gestão e Orçamento (OMB) da Casa Branca confirmou que cerca de 7 mil pessoas já foram demitidas em agências como Agricultura e Comércio — medida temporariamente barrada por um juiz federal na semana passada, que classificou as dispensas como “motivadas politicamente”. A crise começou em 1º de outubro, quando o Congresso não conseguiu aprovar o orçamento federal.
Conflito político
Na noite do dia 20 de outubro, o Senado, de maioria democrata, bloqueou pela 11ª vez o projeto de lei republicano para reabrir o governo. O líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, acusou Trump de “governar à distância” e de ter criado uma crise desnecessária. Enquanto isso, os subsídios do Obamacare, principal ponto de discórdia entre democratas e republicanos, seguem suspensos.
Consequências sociais
O impacto econômico e social da paralisação ultrapassa o debate partidário, com o prejuízo estimado em US$ 2 bilhões por dia e o impacto no PIB já chegando a menos 0,4% neste trimestre. Os efeitos são desiguais e atingem com mais força trabalhadores negros, que representam quase 20% da força de trabalho federal. Com os cortes, o resultado é menos renda, mais endividamento e mais vulnerabilidade para essas comunidades.
Cenário atual
Enquanto Trump tenta equilibrar sua política externa e o caos interno, cresce a pressão para que o presidente abandone a estratégia de confronto e negocie uma saída que reabra o governo antes que o prejuízo se torne irreversível.