Shutdown do governo: Trump aproveita para demitir e punir críticos

Presidente usa a paralisação para reestruturar o governo e ameaçar cortes em programas

Presidente Donald Trump utiliza a paralisação do governo como oportunidade para demitir funcionários e ajustar o orçamento federal.

Na madrugada de 2 de outubro de 2025, em Washington, o presidente Donald Trump utilizou a paralisação do governo como uma oportunidade para reestruturar a força de trabalho federal e retaliar críticos. O shutdown resultou em ameaças de demissões em massa, com a administração prevendo que cerca de 750 mil trabalhadores federais poderão ser afetados, resultando em uma perda diária de aproximadamente 400 milhões de dólares em salários.

Impacto econômico e consequências

O impacto econômico do shutdown pode ser significativo. O Congressional Budget Office (CBO) alertou que a falta de gastos federais pode levar a uma redução na demanda agregada no setor privado, afetando o PIB. Além disso, a paralisação pode resultar em atrasos nos pagamentos a funcionários públicos, aumentando a pressão sobre a economia. O deputado Mike Johnson, líder da Câmara, destacou que “quanto mais tempo durar, mais dor será infligida”.

Retaliação e cortes em programas

Trump, por sua vez, se mostrou otimista em relação à ação do diretor do orçamento, Russ Vought, que já havia implementado cortes significativos em programas que beneficiam os democratas. O presidente insinuou que esses cortes podem ser “irreversíveis”, enfatizando seu controle sobre o orçamento federal. Em uma conferência privada, Vought informou os legisladores da Câmara sobre as demissões iminentes, o que intensificou as preocupações sobre as consequências da paralisação.

Propostas de negociação

Os democratas mantêm sua posição em relação à preservação do financiamento para a saúde, enquanto os republicanos indicaram disposição para discutir o tema, embora afirmem que isso pode esperar. O vice-presidente JD Vance expressou a vontade de garantir que os americanos continuem a ter acesso à saúde. O impasse entre as partes continua, sem uma solução clara à vista, enquanto a próxima sessão no Congresso se aproxima.

A situação permanece tensa, com riscos crescentes de que a paralisação se estenda por mais tempo, impactando não apenas os trabalhadores federais, mas também a economia como um todo.

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