Mudanças na política síria marcam um novo capítulo nas relações com grupos armados
Após a queda de Assad, a Síria se volta contra grupos armados como Hamas e Hezbollah.
Síria enfrenta Hamas e Hezbollah após queda de Assad
Em um movimento surpreendente, a Síria, sob a liderança do novo presidente Ahmed al-Sharaa, anunciou que começará a combater grupos armados como Hamas e Hezbollah, anteriormente apoiados pelo regime de Bashar al-Assad. A declaração foi feita pelo enviado especial dos Estados Unidos para assuntos sírios, Tom Barrack, durante uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 13 de novembro de 2025.
A mudança na política síria ocorre num momento de realinhamento interno, após a queda de Assad, que dominou o país por mais de uma década. Barrack, que também é embaixador dos EUA na Turquia, ressaltou a importância dessa nova postura síria para a estabilidade da região. O encontro entre Trump e al-Sharaa na Casa Branca foi um marco nesse processo de transformação.
Novo governo sírio e suas prioridades
Com a ascensão de Ahmed al-Sharaa, um ex-jihadista, a Síria está adotando uma abordagem mais ocidentalizada, buscando distanciar-se de alianças que antes eram consideradas estratégicas, como a parceria com o Irã e o apoio a grupos como Hamas e Hezbollah. Essa mudança de curso reflete uma tentativa do novo governo de reconstruir relações com países ocidentais que antes eram vistos como adversários.
Implicações regionais da nova postura da Síria
A decisão da Síria de combater Hamas e Hezbollah pode ter implicações significativas para a dinâmica política no Oriente Médio. Historicamente, a Síria tem sido um aliado de longa data de grupos armados na região, mas agora busca redefinir sua posição. Ao romper com esses vínculos, o país espera abrir portas para colaborações futuras com potências ocidentais, que poderiam incluir ajuda econômica e suporte militar.
Reação internacional e perspectivas futuras
A comunidade internacional observa atentamente esses desenvolvimentos. A mudança de postura da Síria pode ser vista como um passo positivo por muitos países ocidentais. No entanto, a transição pode não ser simples. Grupos como Hezbollah e Hamas não aceitarão facilmente essa mudança e poderão reagir de maneiras inesperadas. O futuro das relações sírio-ocidentais dependerá da capacidade do novo governo de implementar suas promessas e navegar nas complexas relações de poder da região.
Conclusão
A Síria, agora em uma nova era política, se prepara para enfrentar desafios significativos ao mudar seu foco de combate. A abordagem do novo governo pode não apenas alterar a posição da Síria no cenário internacional, mas também impactar diretamente a segurança e a estabilidade na região. A comunidade global aguarda ansiosamente para ver como essa nova fase se desenrolará e quais serão os desdobramentos para a paz e a segurança no Oriente Médio.
Fonte: www.metropoles.com