Southeast Asia enfrenta novos desafios econômicos com a volta de Trump

Reuters]

Região busca equilibrar relações comerciais em meio a tensões entre EUA e China

Southeast Asia lida com novas tarifas e a pressão de um aumento nas exportações chinesas.

Southeast Asia, uma das regiões que se beneficiou da guerra comercial entre os EUA e a China em 2018, agora lida com novos desafios econômicos. Com a reeleição de Donald Trump, o cenário se torna mais complexo devido à reimposição de tarifas que ameaçam a economia exportadora da região. A pressão de novos impostos e o aumento nas exportações chinesas estão complicando a situação econômica, conforme apontam especialistas.

A relação com os EUA e a China

A relação da região com os EUA está sob tensão desde que Trump assumiu novamente a presidência, prometendo cortar o déficit comercial através de tarifas. As tarifas iniciais de 49% em Camboja e 48% em Laos foram um duro golpe. Embora as tarifas tenham diminuído para 10 a 20% após negociações, permanecem altas em países como Mianmar e Laos. Em contrapartida, o aumento das exportações chinesas para a região, que cresceram 12% em 2024, representa um desafio adicional para a economia local.

Impacto nas previsões de crescimento

A Asian Development Bank (ADB) revisou sua expectativa de crescimento para 2025 de 4.7% para 4.3%, devido ao novo ambiente comercial global. Especialistas alertam que a crescente presença de produtos chineses, que buscam novos mercados, pode afetar significativamente indústrias locais. A competição acirrada pode gerar preocupações sobre o chamado “dumping”, onde produtos são vendidos a preços abaixo do mercado, afetando a produção local.

O futuro econômico da região

As perspectivas para Southeast Asia são incertas. Apesar da busca por um equilíbrio entre os interesses dos EUA e da China, a região pode acabar sendo pressionada por ambos os lados. Com o aumento das tensões comerciais e a falta de um acordo claro sobre tarifas, as economias locais precisam se preparar para um futuro onde a competitividade e a adaptação serão essenciais. A situação se complica ainda mais com a necessidade de adaptação às novas realidades do mercado global.

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