Vendas e reestruturação marcam nova fase da empresa
A Starbucks anunciou que venderá 60% de suas operações na China por US$ 4 bilhões, em um movimento para enfrentar a concorrência local.
Na segunda-feira (3), a Starbucks anunciou a venda do controle de suas operações na China para a Boyu Capital, em um acordo avaliado em US$ 4 bilhões. Esta transação representa uma das alienações mais significativas de uma empresa global de consumo no mercado chinês nos últimos anos, buscando enfrentar a intensa concorrência local.
A joint venture e suas implicações
Sob os termos do acordo, a Starbucks e a Boyu Capital formarão uma joint venture, com a Boyu detendo uma participação de até 60% nas operações de varejo da Starbucks na China. A Starbucks, por sua vez, manterá 40% e continuará sendo proprietária da marca e da propriedade intelectual para a nova entidade. Essa reestruturação reflete a necessidade da Starbucks de se adaptar às mudanças do mercado e a crescente pressão de redes de café locais que oferecem produtos a preços mais competitivos.
Desafios no mercado chinês
A Starbucks está enfrentando uma queda significativa em sua participação de mercado na China, que passou de 34% em 2019 para apenas 14% no ano passado, conforme dados da Euromonitor International. Essa diminuição pode ser atribuída à desaceleração econômica e à mudança nos hábitos dos consumidores, que buscam opções mais acessíveis. Além disso, a empresa já registrou uma queda de 85,4% em seus lucros no quarto trimestre, totalizando US$ 133,1 milhões, o que indica uma necessidade urgente de reavaliação de sua estratégia na região.
Perspectivas futuras
A Starbucks estima que o valor total de seu negócio de varejo na China ultrapassará US$ 13 bilhões, considerando tanto o montante da venda da participação controladora quanto o valor da participação que ainda será retida. A joint venture com a Boyu Capital pode representar uma oportunidade para revitalizar a marca e recuperar espaço no competitivo mercado chinês, embora desafios permaneçam à frente.