Stellantis alerta sobre investimentos na Europa: desafios crescentes

CEO expressa preocupações sobre a política climática e seu impacto nos investimentos.

O CEO da Stellantis, Antonio Filosa, critica a política climática da Europa e sua influência nos investimentos do grupo no continente.

O CEO da Stellantis, Antonio Filosa, fez um alerta contundente sobre a situação da indústria automotiva na Europa, ressaltando que a região está se distanciando das prioridades do grupo. Após anunciar investimentos significativos nos Estados Unidos e na América do Sul, Filosa critica a política climática europeia, que considera confusa e onerosa para os negócios.

O cenário atual da indústria automotiva na Europa

Filosa, em entrevista ao Financial Times, expressou que a falta de um ambiente favorável ao crescimento dificulta a decisão de investir mais na Europa. Apesar de algumas promessas de suavização nas restrições aos motores de combustão até 2035, ele acredita que as diretrizes apresentadas pela Comissão Europeia não são suficientes para revitalizar a indústria automotiva do continente. O CEO sublinha que, sem um crescimento claro, novos investimentos se tornam praticamente inviáveis.

Críticas ao pacote de medidas da UE

Enquanto no final de 2025, Filosa esperava um cenário mais otimista com as novas diretrizes da União Europeia, sua análise do pacote final foi crítica: “Este pacote não cumpre o que se esperava”. Para ele, a ausência de uma “rota clara para o crescimento” é um obstáculo significativo à atratividade da Europa para investimentos industriais. Ele aponta que a transição para zero emissões, embora vista como um passo positivo, não é suficiente em termos práticos, devido às complexidades e custos adicionais que isso implica.

Desafios para a eletrificação de veículos comerciais

Outro ponto levantado por Filosa é a falta de apoio imediato para a eletrificação de veículos comerciais, um segmento crucial para a economia real. Ele expressa preocupações sobre o aumento dos custos que podem resultar das novas regulamentações, que podem excluir consumidores que não têm acesso a veículos mais caros. Isso levanta questões sobre a acessibilidade e a sustentabilidade do mercado automotivo europeu.

Comparação com outros mercados

Filosa também destaca o contraste da abordagem da Europa com a de outras regiões, como os Estados Unidos e a América do Sul. Nos EUA, as mudanças climáticas sob a administração anterior resultaram em perdas no mercado de veículos elétricos, mas também estimularam investimentos em híbridos e motores de combustão. Em contrapartida, a Stellantis vê a América do Sul como uma oportunidade de crescimento, onde as condições são mais favoráveis para investimentos.

O futuro da indústria automotiva na Europa

A mensagem de Filosa é clara: sem ajustes rápidos nas políticas industriais e um suporte verdadeiro ao crescimento, a Europa corre o risco de se tornar um mercado secundário para grandes grupos automotivos globais. A pressão para preservar um mercado automotivo acessível e competitivo é mais crítica do que nunca, especialmente em um cenário onde a inovação e a adaptação são essenciais para a sobrevivência da indústria.

PUBLICIDADE

VIDEOS

Secom - Verão Maior - PI 46880
TIF - JOCKEY PLAZA SHOPPING - PI 43698
TIF: PI 43845 - SUPLEMENTAR - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
TIF: PI 43819 - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

Relacionadas: