Ex-assessor é acusado de obstruir investigações e coação
O STF formou maioria para aceitar a denúncia contra Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes, acusado de crimes eleitorais.
Em 09 de novembro de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes. As acusações incluem coação no curso do processo, violação de sigilo funcional, obstrução de investigação envolvendo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Acusações e crimes imputados
Na denúncia, a PGR apresenta diversas acusações contra Tagliaferro, que está atualmente na Itália. O Brasil já iniciou um processo de extradição contra ele. O julgamento, em plenário virtual, começou em 7 de novembro, com o voto do relator, Alexandre de Moraes, que foi seguido pelos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino. O julgamento deve se encerrar em 14 de novembro.
Contexto das denúncias
As acusações de Tagliaferro estão relacionadas ao seu suposto envolvimento em ações que visam deslegitimar o processo eleitoral e obstruir investigações sobre os atos de 8 de janeiro de 2023. Moraes, em seu voto, ressaltou que a participação do denunciado foi engendrada com uma organização criminosa que atuava com o objetivo de praticar golpe de Estado e criar um ambiente de intimidação institucional. As investigações incluem crimes previstos no Código Penal e na Lei de Organizações Criminosas.
Próximos passos
Se o resultado do julgamento permanecer inalterado até a conclusão da análise, a próxima etapa será a abertura de uma ação penal contra Tagliaferro. O caso gera grande repercussão na Justiça e na política brasileira, refletindo a gravidade das acusações e a necessidade de responsabilização de figuras públicas em casos de corrupção e obstrução da Justiça.