SUS Revoluciona Identificação de Pacientes: CPF Unificado Promete Mais Eficiência e Controle

O Sistema Único de Saúde (SUS) está passando por uma transformação significativa com a unificação do Cartão Nacional de Saúde (CNS) e o Cadastro de Pessoa Física (CPF). A iniciativa, anunciada pelos ministérios da Saúde e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), visa modernizar a identificação dos usuários e otimizar a gestão do sistema.

Com a mudança, o novo CNS exibirá o nome completo e o CPF do paciente, substituindo o número antigo. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a medida não deixará ninguém para trás, garantindo que mesmo pacientes sem CPF continuarão a ser atendidos normalmente. “Não estamos deixando ninguém para trás. As pessoas que não têm CPF ainda vão continuar a ser atendidas”, assegurou o ministro.

Para viabilizar a unificação, o Ministério da Saúde realizou uma extensa higienização da base de dados do SUS, conhecida como CadSUS. O número de cadastros ativos foi reduzido de 340 milhões para 286,8 milhões, eliminando registros inconsistentes e duplicados. Desse total, 246 milhões já estão vinculados ao CPF.

A expectativa do governo é inativar 111 milhões de registros até abril de 2026, alinhando a base de dados do SUS ao total de CPFs ativos na Receita Federal, que é de 228,9 milhões. Essa integração permitirá o acesso a informações cruciais, como histórico de vacinas e medicamentos garantidos pelo programa Farmácia Popular, tudo de forma mais ágil e segura.

O ministério também informou que cidadãos sem CPF, como estrangeiros, indígenas e ribeirinhos, continuarão sendo identificados pelo Cadastro Nacional de Saúde, que passa a ser considerado um registro secundário e complementar. Além disso, um cadastro temporário, válido por um ano, foi estabelecido para situações emergenciais em que o paciente não consegue informar o CPF no momento do atendimento.

A implementação da medida incluirá a readequação de todos os sistemas de informação do SUS para utilizarem o CPF do paciente. O prazo para conclusão dessa etapa é dezembro de 2026 e o calendário será definido em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Por fim, o CadSUS será integrado à Infraestrutura Nacional de Dados (IND), permitindo o compartilhamento seguro de informações com outros órgãos e ministérios. “A ação vai melhorar o monitoramento, combater o desperdício e fortalecer a gestão pública”, concluiu o ministério em nota, destacando os benefícios da unificação para a eficiência e a transparência do SUS.

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