Investigação aponta conexão entre facção criminosa e produtos nocivos

A ABCF levanta suspeitas sobre metanol em bebidas adulteradas e ligações com o PCC após mortes em SP.

Suspeita de metanol em bebidas adulteradas

Em São Paulo, no dia 28 de setembro, a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) emitiu um comunicado levantando a suspeita de que o metanol usado na adulteração de bebidas alcoólicas estaria vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que também teria utilizado a substância para fraudar combustíveis. Essa situação se torna ainda mais alarmante com a confirmação da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que registrou duas mortes devido ao consumo de bebidas adulteradas, além de investigar outros dez casos de intoxicação.

Impacto das intoxicações

As mortes ocorreram na capital paulista e em São Bernardo do Campo, gerando uma onda de preocupação entre as autoridades de saúde. A ABCF destaca que o contrabando de metanol não é uma prática exclusiva do PCC, mas a facção tem recebido atenção após uma grande operação de combate ao crime organizado, que revelou que combustíveis comercializados por postos ligados ao grupo continham níveis de metanol muito acima do permitido.

Hipóteses da ABCF

A ABCF sugere que o encerramento das atividades de distribuidoras de combustíveis ligadas ao crime organizado pode ter contribuído para a recente onda de intoxicações por metanol. A organização acredita que o metanol apreendido pode ter sido desviado para destilarias clandestinas, colocando em risco a saúde dos consumidores que frequentam bares e estabelecimentos noturnos.

Medidas e investigações

Diante da gravidade da situação, as autoridades estão intensificando as investigações sobre a contaminação de bebidas e a atuação de grupos criminosos. A ABCF alerta para os riscos associados ao consumo de produtos adulterados e a necessidade de ações mais rigorosas para combater o contrabando e a falsificação de bebidas alcoólicas.