Suspensão de ações da Viridis Mining após recomendação do MPF

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Mineradora de terras raras em Minas Gerais enfrenta desafios no licenciamento ambiental

Viridis Mining suspende venda de ações após MPF questionar licenciamento ambiental para projeto em Minas Gerais.

Viridis Mining suspende ações após recomendação do MPF

A mineradora australiana Viridis Mining and Minerals, responsável por um projeto de terras raras em Minas Gerais, anunciou a suspensão voluntária de suas ações na Bolsa da Austrália. Essa decisão ocorre após o Ministério Público Federal (MPF) solicitar a suspensão da análise do licenciamento ambiental do Projeto Colossus. A suspensão será válida até o dia 1º de dezembro ou até que a empresa forneça respostas sobre questões relacionadas ao preço e volume de ações.

A medida visa garantir tempo para que a Viridis prepare um comunicado sem a pressão das oscilações de mercado, especialmente após uma queda de até 30% no valor das ações da companhia. Em comunicado, a mineradora destacou que a suspensão é necessária diante das especulações na mídia sobre o processo de aprovação da Licença Prévia (LP) e seus resultados.

O impacto da recomendação do MPF

O MPF solicitou que a votação da Licença Prévia do Projeto Colossus fosse retirada de pauta, o que gerou preocupação entre investidores e analistas. O projeto, que tem atraído interesse internacional, recebeu cartas de intenção de financiamento de governos da França e do Canadá, além de apoio financeiro do BNDES. Apesar disso, a LP já conta com parecer técnico favorável da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) de Minas Gerais.

Em resposta às alegações do MPF, a Viridis afirmou que o Estudo de Impacto Ambiental foi elaborado por equipes altamente qualificadas, seguindo metodologias reconhecidas nacional e internacionalmente. Um dos principais pontos de contestação do MPF é a afirmação de que a área de mineração afeta uma região de recarga do Aquífero Alcalino de Poços de Caldas, além da previsão de supressão de 98 nascentes. A empresa rebateu, garantindo que apenas três nascentes serão suprimidas, o que representa cerca de 3% do total identificado.

Análises detalhadas para mitigar impactos

A Viridis também enfatizou que, embora a Licença Prévia tenha sido baseada em estudos conceituais, a empresa investiu em análises aprofundadas dos recursos hídricos. Segundo a mineradora, esses estudos demonstram que não haverá impactos significativos na disponibilidade de água em níveis local ou regional. A estratégia de captação de água se dará exclusivamente por meio de barramentos já existentes, evitando a construção de novas estruturas.

Outro aspecto levantado pelo MPF diz respeito ao método de lixiviação da argila extraída da mina. Este processo, que utiliza sulfato de amônio para separar os minerais de terras raras, é considerado um avanço ambiental, pois elimina a necessidade de barragens de rejeitos. A mineradora destaca que, quando aplicado corretamente, esse método é menos poluente do que as técnicas tradicionais.

A Viridis Mining reafirma seu compromisso em operar de maneira responsável e sustentável, buscando minimizar os impactos ambientais enquanto avança com o projeto. O desfecho desta situação dependerá das respostas que a empresa fornecerá ao MPF e à Bolsa de Valores nos próximos meses.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Fonte: 2010REUTERS

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