A imposição de tarifas por Donald Trump deverá afetar 4% das exportações brasileiras aos Estados Unidos, de acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Durante a 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o ministro detalhou que mais de 2% desse montante buscará outros mercados.

Haddad ressaltou que a política de diversificação de mercados, implementada desde 2003, permitiu que o Brasil reduzisse a dependência do mercado americano. “Graças à política que o presidente Lula inaugurou ainda em 2003, de abrir os mercados para os produtos brasileiros, elas representam 12%. Desses 12%, 4% são afetados pelo tarifaço, e dos 4%, mais de 2% terá, naturalmente, outra destinação, porque são commodities com preço internacional que vão encontrar o seu destino no curto ou médio prazo”, afirmou.

Embora o impacto geral pareça limitado, o governo brasileiro se mantém vigilante, reconhecendo que setores específicos podem sofrer com a tarifa de 50% imposta a determinados produtos.

O ministro também destacou o papel do CDESS nas discussões sobre projetos de lei relacionados ao crédito, mencionando a existência de cinco propostas em análise.

Além das questões comerciais, Haddad apresentou uma avaliação otimista do cenário econômico nacional, projetando uma inflação abaixo de 5% para este ano e destacando a evolução das contas públicas após um período de “déficit primário crônico”. Ele enfatizou que o ajuste fiscal não prejudicará os mais pobres e os trabalhadores.