China suspende tarifas, mas soja brasileira continua competitiva
Apesar da suspensão de tarifas pela China sobre produtos dos EUA, as tarifas de 13% mantêm a competitividade da soja brasileira.
Em 8 de outubro de 2025, a China decidiu suspender tarifas retaliatórias sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos, o que é considerado um sinal positivo para as relações comerciais entre Trump e Xi Jinping; no entanto, as tarifas de 13% sobre a soja americana ainda impõem limitações.
Vantagem competitiva da soja brasileira
Luiz Fernando Gutierrez, coordenador de inteligência de mercado da Hedgepoint Global Markets, observou que a soja brasileira é negociada a US$ 440 por tonelada, em comparação aos US$ 450 da soja americana, o que garante uma vantagem competitiva para o Brasil. O especialista afirmou que, embora os prêmios americanos tenham aumentado devido à expectativa de retorno das vendas para a China, o prêmio da soja brasileira está começando a ceder. Para a nova safra de 2025/2026, espera-se que o Brasil apresente prêmios ainda mais competitivos.
Mercado e ajustes de preços
Gutierrez argumenta que o movimento atual é um reequilíbrio do mercado, refletindo principalmente nos preços na bolsa de Chicago. “Precisamos acompanhar os preços na CBOT”, afirmou. Nos últimos dois meses de 2025, o Brasil não dispõe de grandes volumes de soja para exportação, o que pode levar a China a adquirir soja dos EUA nesse intervalo, mesmo que isso signifique preços mais elevados.
Implicações futuras
A situação atual reflete um cenário dinâmico e em constante mudança, onde as tarifas e a oferta do produto influenciam diretamente as decisões de compra da China. A expectativa é de que, com a nova safra, o Brasil possa retomar sua posição de destaque no mercado global de soja, especialmente no início de 2026.
Fonte: www.moneytimes.com.br