Tarifas de Trump: um dilema para países em negociações

Kent Nishimura

Como as tarifas afetam as relações comerciais globais

As tarifas de Trump complicam negociações comerciais, colocando países em situações difíceis.

Em Washington, 5 de outubro de 2023, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou sua estratégia de utilizar tarifas como ferramenta de pressão em negociações comerciais. Recentemente, ele anunciou um aumento de 10% nas tarifas sobre o Canadá, gerando um clima de incerteza e tensão nas relações comerciais internacionais. A medida foi uma resposta a um comercial veiculado em Ontário que criticava as tarifas. Essa ação ilustra como países que negociam com os EUA enfrentam uma situação quase impossível.

O impacto das tarifas sobre negociações

Os países que buscam acordos comerciais com os EUA precisam adotar uma abordagem transacional, perguntando-se constantemente: “O que podemos oferecer?” Além disso, devem estar prontos para ceder a novas exigências de Trump, que pode querer mais no último minuto. O uso de tarifas retaliatórias por motivos que não estão diretamente relacionados ao comércio transforma o processo em um jogo de incertezas. Não há como prever qual ação poderá ofender Trump e resultar em novas tarifas.

Casos específicos de tarifas

As tarifas de Trump não são sempre fáceis de justificar. Por exemplo, a tarifa de 50% imposta à Índia está ligada à compra de petróleo da Rússia, enquanto a tarifa sobre o Brasil foi uma resposta a críticas sobre a democracia. A Associação Brasileira de Cafés Especiais reportou uma queda de 70% nas exportações devido a essas tarifas. O caso da Colômbia também ilustra a vulnerabilidade de países cuja democracia é frágil, onde as tarifas podem ter efeitos devastadores.

A batalha legal das tarifas

Enquanto isso, a Suprema Corte dos EUA está prestes a decidir sobre a legalidade das tarifas de Trump, o que pode reduzir a capacidade do presidente de utilizá-las como um instrumento de pressão. Essa decisão pode moldar o futuro das relações comerciais dos EUA e de seus parceiros ao redor do mundo. A situação continua a evoluir, e os países estão em alerta para possíveis novas medidas tarifárias.

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