Um toque de ironia na relação entre o ex-presidente e a marca de relógios
Donald Trump questionou executivos da Rolex se seria convidado para a final do US Open caso tivesse imposto tarifas sobre exportações suíças.
Na final do US Open, realizada em setembro de 2025, Donald Trump questionou executivos da Rolex sobre a possibilidade de ter recebido um convite caso tivesse imposto tarifas elevadas sobre as exportações suíças. O CEO da Rolex, Jean-Frederic Dufour, esclareceu que as declarações do ex-presidente foram feitas “em tom de brincadeira” em uma carta enviada à senadora Elizabeth Warren, que expressou preocupações sobre o convite a Trump.
O contexto das tarifas
Trump impôs uma tarifa de 39% sobre as exportações suíças, superior à taxa de 15% aplicada à União Europeia e 10% ao Reino Unido. Essa medida pode representar desafios para a Rolex, uma proeminente fabricante de relógios. Dufour enfatizou que o convite a Trump não visava favorecer o governo americano, mas sim promover “valores de esporte, esportividade e amizade internacional”.
Resposta da senadora
Elizabeth Warren, uma crítica ferrenha do ex-presidente, respondeu à situação afirmando que “a corrupção não é uma questão para se rir” e questionou o distanciamento de Trump em relação às dificuldades enfrentadas pelas famílias devido às suas políticas tarifárias. A senadora destacou que, enquanto as famílias estão sendo afetadas, Trump e seus aliados estão rindo em um ambiente luxuoso patrocinado por uma marca de relógios.
O evento e o presente
No evento, Trump recebeu um presente simbólico: um suéter de golfe e um colete esportivo, como “um gesto de apreço pela sua presença”, segundo Dufour. O CEO da Rolex também assegurou que não houve discussões substanciais sobre tarifas ou políticas comerciais durante a final do torneio.
A situação levanta questões sobre a relação entre políticas comerciais e eventos sociais, especialmente em tempos de incerteza econômica.