Taxa de US$ 100 mil prejudica contratações de tecnologia nos EUA

Novas regras de visto impactam o mercado de trabalho

A nova taxa de US$ 100 mil para vistos H-1B prejudica contratações no setor de tecnologia nos EUA. Empresas alegam que isso pode impedir a inovação e o crescimento.

A nova taxa de US$ 100 mil imposta pelos Estados Unidos para candidatos ao visto H-1B, voltado para trabalhadores estrangeiros qualificados, deve prejudicar as contratações de empresas americanas de tecnologia. A medida foi anunciada pelo presidente americano Donald Trump na última sexta-feira (19) na tentativa de abrir mais empregos para trabalhadores americanos. Executivos e investidores afirmam que as novas taxas podem acrescentar milhões de dólares em custos para empresas e prejudicar especialmente startups.

Impacto no setor de tecnologia

Os vistos H-1B permitem que trabalhadores com qualificações específicas, como cientistas e engenheiros, trabalhem nos EUA. A decisão teve condenação generalizada da maioria dos executivos, pois muitos consideram isso um golpe para um setor que contribuiu significativamente para a reeleição de Trump. Analistas alertam que a medida pode afastar imigrantes talentosos que poderiam abrir empresas no país, resultando em uma perda potencial de inovação.

Reações do mercado

Cerca de 141 mil pedidos de vistos H-1B foram aprovados em 2024, com grandes empresas como Amazon e Microsoft utilizando esses vistos. Entretanto, Sam Liang, cofundador da Otter, afirmou que algumas empresas podem reduzir o número de funcionários com o visto H-1B ou até terceirizar sua força de trabalho. A medida deve afetar desproporcionalmente as pequenas startups, que podem não ter recursos para arcar com os custos adicionais.

Perspectivas futuras

Enquanto alguns setores liberais apoiam a nova taxa, acreditando que ela garantirá empregos de alto valor, advogados e empresas iniciantes depositam esperanças em ações judiciais para contestar a decisão. A expectativa é que os tribunais possam intervir antes que os custos prejudiquem as contratações. Caso contrário, especialistas alertam para um recuo na imigração de profissionais qualificados, o que pode ter um impacto duradouro na economia americana.

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