Taxas de juros curtas sobem e longas caem após comentários do BC

REUTERS/Bruno Domingos

Movimento nas taxas reflete a postura do Banco Central em relação à Selic

As taxas dos DIs curtas sobem, enquanto as longas caem, refletindo os comentários do Banco Central.

As taxas dos DIs com prazos mais curtos fecharam a quarta-feira em alta, após diretores do Banco Central reiterarem a sinalização de que a Selic seguirá estável por um “período bastante prolongado”. Já as taxas longas tiveram baixas firmes, em um dia de queda do dólar ante o real.

Movimentação das taxas

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 14,03%, em alta de 4 pontos-base. Entre os vencimentos longos, o contrato para janeiro de 2035 tinha taxa de 13,69%, em queda de 10 pontos-base. As taxas futuras iniciaram o dia no Brasil com leves altas, mas perderam força ao longo da manhã, especialmente entre os vencimentos longos.

Reações do mercado

Os comentários do diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, consolidaram a tendência de baixa para as taxas longas, enquanto as curtas reaceleraram. David afirmou que os dados atuais não são suficientes para indicar o tempo que a Selic permanecerá em 15% ao ano. Às 13h35, após suas declarações, a taxa do DI para janeiro de 2027 atingiu 14,030%.

Expectativa para o futuro

A curva brasileira precificava em 97% a probabilidade de manutenção da Selic em 15% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em novembro. O diretor de Assuntos Internacionais do BC, Paulo Picchetti, também reafirmou o compromisso da instituição em manter a política monetária ajustada às necessidades do mercado.

Com essas movimentações, o mercado continua a observar atentamente os sinais do Banco Central, buscando indícios de mudanças na postura da instituição.

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