JPMorgan aponta três principais temas que vão influenciar o cenário econômico no próximo ano
JPMorgan destaca três temas que moldarão o cenário econômico de 2026, incluindo a IA e a inflação.
Tendências econômicas 2026 segundo JPMorgan
À medida que nos aproximamos de 2026, analistas do JPMorgan estão avaliando o que o futuro reserva após um 2025 tumultuado, repleto de incertezas e tensões entre grandes potências econômicas. O relatório do banco destaca três temas principais que irão moldar o cenário econômico: o avanço da Inteligência Artificial (IA), a crescente fragmentação da globalização e a persistência da inflação.
O avanço da Inteligência Artificial e suas implicações
O primeiro tema, a Inteligência Artificial, é previsto como um motor de transformação significativa em vários setores. De acordo com os economistas do JPMorgan, a capacidade da IA para aumentar a produtividade e reduzir custos pode impactar profundamente o mercado de trabalho. As grandes empresas de tecnologia dos EUA estão projetando um aumento considerável em seus investimentos em IA, que devem passar de US$ 150 bilhões em 2023 para cerca de US$ 500 bilhões em 2026. Contudo, o banco também expressa preocupações sobre uma possível bolha devido a esses investimentos crescentes.
Jacob Manoukian, diretor de Estratégia de Investimentos dos EUA, enfatiza que, apesar do crescimento do setor, o investimento em IA ainda representa uma fração do PIB, o que sugere uma necessidade de cautela por parte dos investidores. A IA, especialmente em aplicações industriais e sistemas autônomos, está em desenvolvimento, e os investidores devem ser seletivos ao escolher gestores e oportunidades nesse mercado competitivo.
O mundo menos globalizado e os novos blocos econômicos
Outro ponto crítico destacado pelo JPMorgan é a crescente fragmentação da globalização, com políticas protecionistas ganhando força. O cenário econômico atual exige que os investidores sejam resilientes e diversifiquem suas estratégias. A Europa, por exemplo, está adotando políticas fiscais ambiciosas e aumentando os gastos em defesa, criando um ambiente propício para novos investimentos.
Erik Wytenus, diretor de Estratégia de Investimentos para Europa, Oriente Médio e África, observa que a resposta da Europa às novas tensões geopolíticas, especialmente em relação à Rússia, deve impulsionar seu crescimento econômico. Além disso, as empresas privadas na Europa representam uma vasta gama de oportunidades frequentemente ignoradas.
A América Latina como polo estratégico e a inflação persistente
Em relação à América Latina, o JPMorgan destaca a região como um polo estratégico, especialmente devido à sua significativa produção de cobre e reservas globais. A infraestrutura bem estabelecida e a relevância da América Latina nas cadeias de suprimentos globais são fatores que atraem investimentos. Nur Cristiani, diretor de Estratégia de Investimentos para a América Latina, ressalta que a região desempenha um papel essencial na transição energética e no futuro da indústria.
Por outro lado, a inflação continua a ser uma preocupação central desde 2022, impactando o desempenho das carteiras de investimento. O JPMorgan recomenda que os investidores não apenas considerem títulos, mas também explorem ativos reais e commodities para proteger seus portfólios contra a inflação persistente.
Conclusão
Enquanto a Inteligência Artificial promete um futuro promissor, os desafios impostos pela inflação e a fragmentação da globalização exigem um planejamento estratégico cuidadoso. À medida que o mundo se prepara para 2026, o relatório do JPMorgan serve como um guia para que investidores se adaptem a um cenário em rápida evolução.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Money Times