Análise revela como o Brasil pode se tornar um fornecedor estratégico de terras raras para o mundo
O Brasil se destaca no cenário geopolítico de 2025 com suas terras raras, afirmam especialistas.
Terras raras: um ativo estratégico para o Brasil em 2025
Em meio a um cenário global cada vez mais tenso, o Brasil se destaca como um potencial fornecedor vital de terras raras, segundo Thomas Wu, economista-chefe da Itaú Asset, em um evento recente. Em 2025, as tensões geopolíticas entre as principais economias, como Estados Unidos e China, reacenderam uma corrida por recursos essenciais, e as terras raras estão no centro desse jogo.
Com aproximadamente metade das reservas de terras raras da China, o Brasil possui a segunda maior reserva mundial desse recurso, o que apresenta uma oportunidade significativa para o país no mercado global. “O mundo nos oferece oportunidades interessantes; a sobrevivência e a segurança estratégica dependem de um fornecedor de terras raras que não seja a China, e esse fornecedor somos nós”, afirma Wu.
A corrida armamentista e o papel do Brasil
A dependência dos Estados Unidos em relação às terras raras se torna evidente na medida em que o país intensifica seus investimentos em armamentos para conter possíveis conflitos com a China. Ao mesmo tempo, o governo chinês impôs restrições à venda de terras raras, o que configura um gargalo na capacidade dos EUA de se armarem adequadamente. Nesse contexto, o Brasil possui uma vantagem geopolítica crucial, podendo se tornar um parceiro estratégico na oferta desses recursos essenciais.
“Isso nos proporciona uma vantagem geopolítica gigante. Embora as terras raras não possam triplicar nossas exportações de imediato, elas são uma questão estratégica”, ressalta Wu. O Brasil não apenas tem o potencial de fornecer recursos valiosos, mas também de se tornar um jogador importante em futuras discussões sobre segurança e estabilidade global.
Investindo em tecnologia e educação
Para que o Brasil realize esse potencial, Wu enfatiza a necessidade de discutir e implementar projetos que melhorem a eficiência do Estado. Ele argumenta que a combinação de eficiência governamental e educação é fundamental para transformar o potencial de terras raras em crescimento econômico sustentável. “Se começarmos a investir em tecnologia para terras raras hoje, talvez em 2030 possamos garantir 20% desse mercado”, prevê o economista.
Portanto, o futuro do Brasil no setor de terras raras pode depender não apenas da quantidade de recursos disponíveis, mas também da capacidade do país de desenvolver suas infraestruturas e melhorar a educação de sua população. Wu enfatiza que, sem uma abordagem integrada, o potencial econômico desses recursos pode não se concretizar plenamente.
Conclusão
Assim, em um cenário onde as tensões geopolíticas estão em alta, o Brasil se posiciona como um ator importante no fornecimento de terras raras. A dependência global desse recurso estratégico pode criar oportunidades significativas para a economia brasileira, mas isso requer uma ação decisiva em direção ao desenvolvimento sustentável e à educação. Com os investimentos certos, o Brasil pode não apenas maximizar sua participação no mercado de terras raras, mas também contribuir para a segurança e a estabilidade geopolítica global.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Itaú Asset



