Thomas Massie se defende após ataque de Trump sobre Epstein

Annabelle Gordon/Reuters

O congressista de Kentucky usa insulto para arrecadar fundos para campanha.

Thomas Massie se defende de ataque de Trump, usando o insulto para arrecadar fundos para sua campanha de reeleição em 2026.

O clima político nos EUA continua a se intensificar, especialmente entre os membros do Partido Republicano. O congresista de Kentucky, Thomas Massie, recentemente se viu no centro da controvérsia após ser atacado por Donald Trump, que o chamou de ‘lowlife’ em um post nas redes sociais. Esse ataque surgiu em meio ao trabalho de Massie para co-autorizar uma lei que exige a liberação de documentos relacionados ao polêmico caso de Jeffrey Epstein.

O desdobramento da rixa interna

Massie, que tem atuado na Câmara dos Representantes desde 2012, utilizou o insulto de Trump como uma oportunidade para mobilizar apoio financeiro para sua campanha de reeleição em 2026. O ataque de Trump, que se referiu a Massie como o único ‘Republicano’ mencionado em sua postagem, ilustra a crescente divisão dentro do partido, especialmente em questões relacionadas a Epstein, um ex-associado de Trump.

O congressista fez questão de ressaltar que sua posição é motivada por um compromisso com as vítimas, respondendo ao insulto de Trump em suas redes sociais: “Imagine celebrar um Natal abençoado com sua família e, de repente, receber um ataque do homem mais poderoso do mundo por cumprir sua promessa de ajudar as vítimas!”.

Com essa mensagem, Massie conseguiu arrecadar quase $3.000 em poucas horas, com apoiadores elogiando sua postura em um momento de intensa polarização política.

Envolvimento com a legislação

Massie não apenas co-autorizou a Epstein Files Transparency Act, que passou no Congresso em novembro, mas também exigiu que todos aqueles associados a Epstein enfrentem consequências semelhantes às do príncipe Andrew, que perdeu seu título por suas ligações com o criminoso. Em declarações anteriores, Massie destacou a necessidade de uma ‘prestação de contas’ nos EUA, semelhante ao que aconteceu no Reino Unido.

“Há um reconhecimento que precisa acontecer nos EUA”, afirmou Massie, referindo-se à necessidade de responsabilização dos indivíduos envolvidos em escândalos como o de Epstein.

O cenário eleitoral de 2026

Com a eleição de 2026 se aproximando, Massie já enfrenta o desafio de um oponente endossado por Trump, o ex-SEAL da Marinha, Ed Gallrein. Massie não hesitou em criticar Gallrein, chamando-o de “establishment hack fracassado”. Essa rivalidade promete intensificar a dinâmica da corrida eleitoral, colocando Massie em uma posição de destaque dentro do debate sobre a transparência e a responsabilidade governamental em relação a casos de abuso.

Enquanto isso, o Departamento de Justiça dos EUA ainda está processando documentos adicionais relacionados a Epstein, com novos materiais sendo descobertos e previstos para liberação pública nas próximas semanas. A tensão entre Massie e Trump pode ser um reflexo não apenas das divisões internas do partido, mas também das expectativas do público em relação à transparência em questões sensíveis que envolvem figuras proeminentes da política e do entretenimento.

Fonte: www.theguardian.com

Fonte: Annabelle Gordon/Reuters

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