Como uma promoção causou caos e mortes em 1992
Em 1992, a Pepsi lançou a promoção Number Fever nas Filipinas, mas um erro de impressão resultou em caos e mortes.
Cidade, data — Uma promoção que deveria ser um sucesso se transformou em um pesadelo. Em 1992, a Pepsi lançou a campanha Number Fever, que prometia prêmios em dinheiro nas Filipinas. No entanto, um erro de impressão fez com que o número sorteado, 349, aparecesse em 800 mil tampinhas comuns, resultando em caos e tragédias.
O início da confusão
No dia 25 de maio de 1992, o número premiado foi o 349, mas, devido a um erro anterior, muitas tampinhas não tinham o código de segurança que autenticava os grandes prêmios. Isso levou milhares de pessoas a acreditarem que eram vencedoras. Para conter a revolta, a Pepsi ofereceu 500 pesos por tampa, o que foi visto como um insulto, aumentando ainda mais a tensão. Protestos e ataques a caminhões da empresa começaram a ocorrer, culminando em uma série de eventos trágicos.
Tragédias e consequências
A confusão resultou em protestos violentos, e em fevereiro de 1993, uma granada lançada contra um caminhão da Pepsi em Manila matou uma criança de 5 anos e uma professora. Outras três mortes ocorreram em Davao devido a explosões relacionadas ao caos. No total, relatos de época apontam pelo menos cinco mortes ligadas aos tumultos. A situação legal se desdobrou em uma maratona, com cerca de 22 mil ações judiciais movidas contra a empresa, culminando em um veredito da Suprema Corte das Filipinas em 2006, que isentou a Pepsi de pagar indenizações.
Impactos duradouros
Embora a Pepsi tenha oferecido compensações, o impacto na reputação da marca foi devastador. O episódio ficou famoso como símbolo de engano, dando origem à gíria “to be 349ed”. A tragédia não só afetou a empresa, mas também se tornou um estudo de caso sobre os riscos de campanhas de marketing em larga escala, reforçando a importância de um controle rigoroso em promoções massivas.