Um trágico acidente na província de Herat, no Afeganistão, resultou na morte de 79 pessoas na noite de terça-feira (19/08). Entre as vítimas fatais, encontram-se 17 crianças e um grande número de afegãos que haviam sido deportados do Irã, segundo informações de autoridades locais. O incidente lança luz sobre os perigos enfrentados por migrantes e a vulnerabilidade de quem retorna ao país.
O ônibus, que transportava os passageiros, envolveu-se em uma colisão devastadora com uma motocicleta e um caminhão, culminando em um incêndio de grandes proporções. A presença de petróleo no caminhão intensificou as chamas, transformando o local em um cenário de horror. “Equipes de resgate e médicas chegaram imediatamente ao local”, informou a mídia local, mas a violência do impacto e a intensidade do fogo dificultaram o trabalho de salvamento.
De acordo com relatos, 76 dos mortos eram migrantes que haviam retornado recentemente do Irã para o Afeganistão. A precariedade das condições de transporte e a falta de segurança nas estradas afegãs são fatores que contribuem para a ocorrência de acidentes graves como este. A tragédia expõe a difícil realidade enfrentada por muitos afegãos que buscam melhores condições de vida no exterior, mas acabam retornando ao país em situação de vulnerabilidade.
O porta-voz do governador da província, Mutfi Muhammad Yousuf Saeedi, declarou que todos os corpos foram encaminhados ao necrotério. “Preparações estão em andamento para o enterro e a transferência para a província de Cabul”, acrescentou Saeedi, demonstrando o esforço das autoridades em lidar com as consequências da tragédia. A administração de Herat expressou profundo pesar e condolências às famílias enlutadas.
O acidente serve como um lembrete sombrio dos desafios humanitários enfrentados pelo Afeganistão, um país marcado por conflitos e instabilidade. A necessidade de melhorar a segurança nas estradas e oferecer suporte adequado aos migrantes que retornam é urgente. A comunidade internacional observa com atenção, buscando formas de auxiliar o país neste momento de luto e reconstrução.