Mudanças na presidência do Supremo Tribunal Federal

Luís Roberto Barroso deixa a presidência do STF nesta segunda-feira; Edson Fachin assume com uma proposta de sobriedade e discrição.

Transição no STF

Na segunda-feira, 29, Luís Roberto Barroso deixa a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), marcando sua passagem com um apelo à civilidade e reflexão. Barroso, que sempre se destacou pela visibilidade e discursos contundentes, fez um chamado ao país: “Nós estamos precisando viver um novo tempo de recomeço (…) pacificação tem a ver só com civilidade”. Enquanto isso, Edson Fachin assume a presidência da instituição, projetando uma imagem de discrição e compostura.

Mudanças e expectativas

Fachin, que já enfrentou desconfiança quando foi indicado ao STF em 2015, agora é reconhecido pela sua postura técnica e institucional. Ele assume em um momento delicado, após Barroso ter liderado julgamentos importantes, como os atos de 8 de janeiro, sempre defendendo a democracia. Fachin pretende devolver à corte o valor do silêncio e a confiança da sociedade, o que poderá marcar um novo ciclo para o STF.

Desafios à frente

Com Barroso considerando um retiro espiritual e a possibilidade de aposentadoria, o presidente Lula já se vê obrigado a pensar em novos nomes para o STF, incluindo Jorge Messias e Maria Elizabeth Rocha. Fachin, por sua vez, inicia sua gestão com um foco no fortalecimento da imagem do Supremo, em contraste com a agitação dos últimos anos. Se tiver êxito, poderá se tornar protagonista do melhor momento do Supremo nas últimas décadas.