Líderes da Ásia-Pacífico prometem cooperação econômica robusta
Líderes do APEC assinam declaração em apoio ao comércio e investimento, após acordo entre Trump e Xi.
Gyeongju, Coreia do Sul, 1 de novembro de 2025 — Líderes da Ásia-Pacífico assinaram uma declaração em apoio ao comércio e investimento que “beneficia a todos”, encerrando uma cúpula marcada por um acordo entre Donald Trump e Xi Jinping para reduzir a tensão na rivalidade entre os EUA e a China. O encontro, que ocorreu ao longo de dois dias, evidenciou a necessidade de uma cooperação econômica robusta em um ambiente global cada vez mais complexo.
Acordo entre Trump e Xi
Na reunião, Trump e Xi, que se encontraram pela primeira vez desde 2019, discutiram a importância de um comércio fluido para o crescimento regional. A declaração do APEC enfatizou a colaboração em inteligência artificial e os desafios demográficos decorrentes da queda nas taxas de natalidade. O presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, anfitrião do evento, expressou preocupação com a crescente incerteza econômica global, destacando a turbulência no sistema de comércio livre.
Desafios e contextos
O comunicado final não mencionou a multilateralidade ou a Organização Mundial do Comércio, sinalizando a fragmentação das normas comerciais em meio a um aumento do populismo. Especialistas indicaram que foi um feito significativo conseguir um consenso entre as economias do APEC, dada a diversidade de interesses e posições.
Implicações para a Coreia do Sul
A Coreia do Sul, que enviou cerca de 20% de suas exportações para a China em 2024, precisa equilibrar suas relações com os EUA e a China. O país, que tem uma forte presença militar americana, busca manter a estabilidade em suas relações com ambas as potências, especialmente após tensões recentes devido a disputas sobre sistemas de defesa.
Conclusão
O novo governo sul-coreano de Lee, que tomou posse após uma eleição em um cenário de instabilidade, pretende adotar uma política mais equilibrada em relação à China, buscando reduzir tensões e aproveitar as relações diplomáticas com o Japão. O sucesso desta abordagem dependerá de sua habilidade em gerenciar as complexidades das relações internacionais na região.