Treinar em jejum não queima gordura e traz riscos à saúde

Estudos revelam que a prática não oferece vantagens metabólicas.

Estudos indicam que treinar em jejum não traz benefícios e pode ser prejudicial à saúde.

A prática de treinar em jejum tem sido promovida como uma estratégia para maximizar a queima de gordura, porém estudos recentes revelam uma realidade diferente. A revisão de 28 estudos publicados na Clinical Nutrition ESPEN demonstra que essa abordagem não oferece benefícios metabólicos adicionais e pode, na verdade, trazer riscos à saúde.

A falsa promessa do treino em jejum

A ideia de que o corpo, ao não receber alimentos antes de um exercício, recorre automaticamente às reservas de gordura tem ganhado popularidade. Contudo, a ciência não corrobora essa suposição. O estudo analisou 302 adultos saudáveis de diferentes países e concluiu que a queima de gordura e o uso de glicose como fonte de energia não são otimizados por esta prática.

Riscos associados à prática

Embora a revisão tenha suas limitações, como a falta de consideração por variáveis como tipo de alimentação pré-treino e nível de condicionamento físico, os especialistas estão preocupados. Para Carlos Alberto Werutsky, médico do esporte e nutrólogo, treinar em jejum pode resultar em hipoglicemia, tontura e desidratação, especialmente em atividades de alta intensidade. O Colégio Americano de Medicina do Esporte e o Comitê Olímpico Internacional também desaconselham essa prática.

A importância da alimentação pré-treino

Os especialistas recomendam uma refeição leve antes do exercício para garantir energia e melhorar o desempenho. Uma alimentação rica em carboidratos de fácil digestão pode ajudar a preservar o glicogênio muscular, essencial para a atividade física. Exemplos de lanches adequados incluem pão com queijo e geleia, banana com aveia e mel, ou iogurte com frutas.

Além disso, é crucial respeitar um intervalo entre a refeição e o treino para evitar desconfortos. Após o exercício, a reposição de nutrientes é fundamental para a recuperação, com alimentos como arroz, feijão e carnes magras sendo boas opções. Essa abordagem não só melhora o desempenho durante o exercício, mas também ajuda a alcançar melhores resultados a longo prazo.

Conclusão

Em suma, treinar em jejum pode parecer uma solução atraente para aqueles que buscam emagrecer, mas os riscos superam os benefícios. A melhor estratégia para maximizar resultados e manter a saúde é garantir uma alimentação adequada antes e após o exercício.

Fonte: baccinoticias.com.br

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