Trump Adota Postura Neutra Diante de Incursões de Drones Russos na Polônia: ‘Não Vou Defender Ninguém’

Em meio à crescente tensão no Leste Europeu, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou sobre as recentes incursões de drones russos no espaço aéreo da Polônia. Contrariando expectativas, Trump declarou que não pretende “defender ninguém” na situação, gerando debates sobre o futuro das relações transatlânticas e a postura americana em relação ao conflito. A declaração foi feita em entrevista à Fox News, onde Trump abordou diversos temas relacionados à segurança internacional.

“Não vou defender ninguém, mas eles foram derrubados e caíram. Mas [os drones russos] não deveriam estar perto da Polônia de qualquer maneira”, afirmou Trump, minimizando o incidente e desviando o foco para outras questões, como seus esforços passados na resolução de conflitos internacionais. Ele mencionou ter “resolvido sete guerras”, incluindo a disputa entre Paquistão e Índia, buscando demonstrar sua experiência em negociações de paz e resolução de crises.

As incursões aéreas na Polônia, que ocorreram na quarta-feira, levaram o país a acionar a OTAN e elevar o nível de alerta de seus sistemas de defesa. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, confirmou que as forças armadas abriram fogo contra os drones russos que violaram o espaço aéreo. Em resposta, a Rússia pediu que a Polônia reconsiderasse o fechamento das fronteiras com a Bielorrússia, enquanto Varsóvia alega que a medida é uma precaução de segurança.

Trump, por sua vez, admitiu que a situação “pode ter sido um ataque acidental”, atenuando a gravidade do incidente e demonstrando cautela em condenar diretamente a Rússia. Apesar de ser considerado uma figura influente para a imposição de sanções à Rússia devido a seus encontros passados com Vladimir Putin, Trump tem demonstrado uma abordagem pragmática em relação ao conflito, priorizando a negociação e a busca por soluções diplomáticas. Essa postura diverge de sua promessa anterior de auxiliar a Polônia a se proteger contra ameaças externas.

Questionado sobre a escalada da violência na Ucrânia e sua paciência com Putin, Trump respondeu: “Sim, está acabando e acabando rápido.” No entanto, ele ressaltou a necessidade de ambas as partes estarem dispostas a negociar, criticando tanto Putin quanto Zelensky por momentos em que teriam se mostrado relutantes em buscar a paz. “Vamos ter de agir muito, muito forte”, concluiu, sinalizando uma possível mudança de tom em relação à Rússia no futuro.

PUBLICIDADE

Relacionadas: