Presidente ucraniano se reúne com líderes europeus enquanto negociações continuam
Donald Trump declarou que Zelenskyy não está pronto para assinar acordo de paz com a Rússia, enquanto o presidente ucraniano se prepara para reuniões em Londres.
Trump declara que Zelenskyy não está preparado para paz
Na sequência de intensas negociações entre os Estados Unidos e a Ucrânia, Donald Trump, ex-presidente dos EUA, afirmou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, “não está pronto” para assinar um acordo de paz desenvolvido por Washington. As discussões estão em andamento em Florida, e Trump expressou um certo desapontamento com a falta de resposta de Zelenskyy ao plano proposto. Ele mencionou que, embora a equipe de Zelenskyy tenha se mostrado receptiva à proposta, o presidente ainda não a leu.
Zelenskyy está previsto para se reunir com líderes da Grã-Bretanha, França e Alemanha em Londres, onde as conversas serão centradas na situação atual das negociações entre os EUA e a Ucrânia. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reiterou a importância de garantir a autonomia da Ucrânia em definir seu futuro e sugeriu que uma força de paz europeia seria crucial para a segurança do país.
A proposta de paz e as reações em Moscou
Apesar do apoio de Trump em um cessar-fogo na Gaza, os esforços para estabelecer um acordo entre a Ucrânia e a Rússia têm avançado lentamente. Enquanto Trump acredita que a Rússia poderia aceitar os termos, a resistência de Zelenskyy é evidente. O presidente russo, Vladimir Putin, até agora não demonstrou apoio explícito à proposta, com algumas declarações indicando que partes do plano são inviáveis.
O plano de paz dos EUA já passou por várias revisões desde seu surgimento em novembro, e críticas surgiram sobre sua suposta suavidade em relação à Rússia. Questões fundamentais, como garantias de segurança para a Ucrânia e a situação de territórios ocupados, ainda precisam ser resolvidas.
Zelenskyy, em sua última declaração, destacou a importância de manter um diálogo construtivo com os representantes americanos e reiterou a determinação da Ucrânia em seguir buscando a paz de boa-fé. No entanto, a relação de Trump com Zelenskyy se mostrou complexa, pois o ex-presidente frequentemente sugere que a Ucrânia deve ceder parte de seus territórios para encerrar o conflito.
A posição de Trump e a estratégia de segurança nacional dos EUA
A crítica de Trump e sua visão sobre Zelenskyy coincidem com a recente recepção da estratégia de segurança nacional do governo Trump por Moscou, com porta-vozes russos expressando alinhamento em certos aspectos. O novo documento, que delineia os interesses políticos do governo, foi considerado por alguns como um sinal de abertura ao diálogo com a Rússia, após anos de tensões extremas.
Keith Kellogg, enviado de Trump para a Ucrânia, destacou que os esforços para encerrar a guerra estão em sua fase final, citando apenas duas questões principais ainda a serem debatidas: a questão territorial e a situação da usina nuclear de Zaporizhzhia. A divergência de opiniões entre os representantes americanos, como Kellogg e outros que tendem a favorecer a posição ucraniana, reflete as tensões internas na administração sobre como abordar a crise.
A percepção pública e implicações futuras
As declarações de Trump e a hesitação de Zelenskyy em adotar o acordo elaborado levantam questões sobre a disposição da Ucrânia em se comprometer com a paz. Trump, por sua vez, não se esquivou de criticar Zelenskyy publicamente, o que pode impactar a dinâmica política e a percepção pública em ambos os lados do conflito. As próximas reuniões em Londres serão cruciais, pois não apenas darão continuidade às negociações, mas também moldarão a maneira como a Europa e os Estados Unidos abordarão o futuro da Ucrânia em meio a uma crescente complexidade geopolítica.
Fonte: www.theguardian.com
Fonte: Serhii Okunev/AFP/Getty Images


