Presidente faz sua marca na tradicional celebração da arte americana
Trump atua como anfitrião dos prêmios do Kennedy Center, marcando um novo capítulo para o evento.
Kennedy Center 2025: Trump assume o papel de anfitrião
Na noite de domingo, 7 de dezembro de 2025, no Kennedy Center para as Artes Cênicas, o presidente Donald Trump fez sua entrada triunfal como anfitrião da cerimônia Kennedy Center Honors, uma celebração anual que homenageia artistas que contribuíram significativamente para a cultura americana. O evento, que é tradicionalmente um momento de reconhecimento à diversidade das artes, sob a administração de Trump, tomou um novo rumo, refletindo suas preferências pessoais e seu estilo de liderança controverso.
Durante a cerimônia, Trump fez comentários que revelaram seu orgulho pela instituição e por suas mudanças. “Este lugar é incrível,” disse ele, referindo-se ao centro, e não hesitou em se apropriar da noite, chamando o evento de “o maior da história do Kennedy Center.” O presidente foi acompanhado pela primeira-dama Melania Trump, e sua presença gerou debates sobre a politicização da arte em um espaço que deveria ser neutro. Enquanto líderes da indústria cultural tradicionalmente celebram a diversidade, Trump enfatizou sua conexão com os artistas que mais ressoam com sua base política.
A influência de Trump na seleção dos homenageados
A conexão de Trump com os homenageados também chamou atenção. A lista de premiados este ano inclui figuras como Sylvester Stallone e o grupo KISS, conhecidos por sua aproximação com o presidente. O próprio Stallone, que é um frequentador regular do resort Mar-a-Lago, destaca a relação próxima entre o presidente e o mundo do entretenimento. Além disso, a escolha de honrar Gloria Gaynor, que doou a candidatos republicanos, também reforça a personalização das honrarias que tradicionalmente deveriam refletir um consenso artístico.
O presidente se gabou de estar “98% envolvido” na escolha dos homenageados, desafiando a prática habitual de uma comissão artística. Isso alimentou críticas de ex-funcionários que alertaram para uma mudança de valores que poderia comprometer a integridade da instituição. Muitos expressaram preocupação com o impacto da administração de Trump sobre a saúde financeira e a missão cultural do Kennedy Center.
Manifestando descontentamento e apoio
As palavras de Gene Simmons, do KISS, durante a cerimônia, foram em defesa da intervenção de Trump: “As melhorias eram muito esperadas, e não custaram um centavo do contribuinte americano.” Esses comentários revelam uma divisão crescente entre apoiadores e críticos da administração atual. Enquanto uns elogiam a transformação do espaço, outros veem um potencial desgaste da missão cultural do Kennedy Center, que deveria ser um espaço independente para as artes.
A abordagem de Trump foi facilmente reconhecida em seu discurso, onde ele misturou reconhecimento aos artistas com autoelogios e críticas a adversários políticos, uma estratégia similar à utilizada em suas campanhas eleitorais. Ele afirmou: “O nosso país está de volta — tentaram fazer Biden apresentar isso por quatro anos seguidos.” Essa retórica, que ignora a necessidade de bipartidarismo, foi recebida com aplausos por seus convidados, que, como esperado, também eram alinhados politicamente com o presidente.
O futuro do Kennedy Center sob a liderança de Trump
A situação do Kennedy Center sob a liderança de Trump cria um quadro polêmico sobre qual será o futuro da instituição. Com uma administração que enfatiza a conexão política em vez da neutralidade e diversidade artística, muitos se perguntam qual será o legado de Trump para esse ícone cultural. À medida que a cerimônia se desenrolava, a verdadeira questão que emergia era se o Kennedy Center poderia manter sua missão original de ser um espaço para todas as vozes, ou se seria moldado de acordo com a visão de um único indivíduo.
Com a cerimônia programada para ir ao ar em 23 de dezembro, as reações a este evento servem para observar as alterações culturais e políticas que desenham a arte americana contemporânea, enquanto o Kennedy Center continua a navegar por esse novo território.
Fonte: www.cnn.com
Fonte: Getty Images


