Líder ucraniano pediu mísseis Tomahawk, mas encontrou um Trump mais focado em mediação
Trump e Zelenskiy discutem armamento e paz após reunião na Casa Branca.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, esteve na Casa Branca nesta sexta-feira (17) em busca de mísseis Tomahawk para fortalecer a luta da Ucrânia contra a Rússia. No entanto, Donald Trump pareceu mais interessado em intermediar um acordo de paz do que em atualizar o arsenal de Kiev. Após uma conversa de mais de duas horas, Trump fez um apelo em suas redes sociais para que ambos os lados “parem com a matança e façam um ACORDO!”.
Zelenskiy e o pedido de armamento
Durante a reunião, Zelenskiy expressou a necessidade urgente de mísseis, ressaltando que a Ucrânia possui milhares de drones prontos para uma ofensiva, mas carece de armamento adequado. “Não temos Tomahawks, por isso precisamos de Tomahawks”, afirmou o líder ucraniano. Em resposta, Trump demonstrou relutância em enviar armamentos, afirmando que os EUA também precisam de mísseis para sua própria defesa.
A perspectiva de um cessar-fogo
Zelenskiy, após a reunião, comentou sobre a dificuldade em garantir um cessar-fogo, afirmando que enquanto a Ucrânia deseja a paz, a Rússia não mostra disposição para negociar. O presidente ucraniano acredita que a pressão de Trump sobre Putin poderia ajudar a deter a guerra. A conversa entre os dois líderes foi descrita como produtiva, mas com incertezas quanto à real possibilidade de auxílio militar.
O papel de Trump como mediador
Trump, por sua vez, está se preparando para uma reunião com Putin, o que levanta preocupações sobre a ajuda imediata à Ucrânia. Seu tom conciliatório após o telefonema com o presidente russo gerou dúvidas sobre a postura do governo dos EUA em relação à Rússia. Ao ser questionado sobre a possibilidade de Putin estar “jogando” com ele, Trump admitiu que já foi enganado em sua vida, mas que isso não o impede de buscar um acordo de paz.
A reunião entre Trump e Zelenskiy é um indicativo das complexidades que envolvem o conflito, onde a busca por um cessar-fogo e a necessidade de armamento andam lado a lado em um cenário de tensões geopolíticas.
