Trump busca cancelar mais verbas durante a paralisação do governo

Rebecca Boone, Associated Press Rebecca Boone, Associated Press

Após decisões judiciais que limitaram esforços anteriores, o presidente intensifica ações contra financiamentos

Trump intensifica tentativas de cancelar verbas durante a paralisação do governo, desafiando decisões judiciais.

Durante a atual paralisação do governo, o presidente Donald Trump está intensificando suas tentativas de cancelar mais verbas federais, desafiando a autoridade do Congresso e enfrentando uma onda de processos judiciais. Com mais de 150 ações movidas contra sua administração, a análise da Associated Press indica que, até agora, 66 dessas causas têm bloqueado temporariamente as decisões do presidente sobre gastos.

Ações judiciais e resposta do governo

O governo alega que seu objetivo é controlar melhor os gastos, mas as críticas se concentram na alegação de que essas ações violam a separação de poderes. Especialistas em direito afirmam que a administração está desconsiderando requisitos legais estabelecidos, como os da Lei de Controle de Impoundment de 1974, que exigem que o Congresso seja informado sobre congelamentos de verba. Em setembro, estimativas de legisladores democratas indicaram que o governo estava tentando bloquear cerca de $410 bilhões em gastos, o que equivale a aproximadamente 6% do orçamento federal.

Implicações das decisões judiciais

Decisões judiciais recentes têm garantido uma proteção temporária contra os cortes orçamentários. Juízes têm se posicionado contra a administração, citando a violação da Constituição e da separação de poderes como razões para suas decisões. Entretanto, a Suprema Corte, composta por uma maioria conservadora, já sinalizou apoio a algumas das iniciativas do governo, complicando ainda mais o cenário jurídico.

O impacto das ações de Trump

As implicações desses cortes vão além de números; eles afetam diretamente programas que sustentam empregos, assistência alimentar e pesquisa científica. As ações de Trump, se não contestadas, podem alterar significativamente a forma como os gastos federais são geridos, criando um precedente perigoso para futuras administrações. As tensões entre o Executivo e o Legislativo continuam a crescer, refletindo um clima político cada vez mais polarizado.

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