Uma vitória para Viktor Orban e sua dependência energética

Trump permitiu à Hungria comprar petróleo russo, fortalecendo Orban em meio a sanções da UE.

Na sexta-feira, 7 de novembro de 2025, na Casa Branca, Donald Trump concedeu à Hungria uma isenção das sanções sobre a compra de petróleo russo, fortalecendo a posição do primeiro-ministro Viktor Orban em um momento desafiador. A decisão, confirmada por ambos os líderes, representa uma vitória significativa para Orban, que buscou aumentar sua dependência de energia russa em um contexto de pressão da União Europeia.

Dependência energética da Hungria

Orban revelou que a Hungria obteve uma “isenção geral e indefinida” para a compra de petróleo e gás natural russos através de dois oleodutos principais. Essa manobra é particularmente relevante, já que a maioria dos membros da UE tem tentado reduzir suas compras de energia russa em resposta à invasão da Ucrânia por Moscou. Além disso, a Hungria concordou em atrair investimentos americanos em energia, fortalecendo ainda mais sua posição.

Desafios para Orban

Apesar da isenção, a administração Trump impôs sanções a outros compradores de energia russa, como a Índia, por não cooperar com os esforços para acabar com a invasão da Ucrânia. Orban enfrenta desafios internos, incluindo uma economia estagnada e uma oposição crescente que lidera em algumas pesquisas antes das eleições húngaras em abril. A decisão de Trump de endossar Orban pode ser um movimento estratégico em um cenário político volátil.

Acordos energéticos em andamento

A Hungria também firmou um contrato de US$ 100 milhões com a Westinghouse Electric Co. para adquirir combustível nuclear, atualmente fornecido pela Rússia. Além disso, está em negociações para comprar gás natural liquefeito dos EUA e até 12 pequenos reatores modulares, com um potencial de investimento que pode chegar a US$ 20 bilhões. Tais acordos podem desestabilizar a expansão da usina nuclear da Hungria, que está atrasada há anos devido à administração russa.

Conclusão

A decisão de Trump não apenas reforça a posição de Orban, mas também ressalta as complexidades das relações energéticas na Europa em um contexto de sanções e dependências. Resta saber se essa estratégia será suficiente para garantir a reeleição de Orban diante de um cenário político desafiador.

Fonte: www.infomoney.com.br

Fonte: Jessica Koscielniak