Trump e a crise econômica da Argentina: o que esperar?

Análise sobre o apoio dos Estados Unidos ao governo Milei

O apoio de Donald Trump à Argentina gera expectativa sobre a recuperação econômica sob a liderança de Milei.

Cidade de Buenos Aires, 26 de setembro de 2025 — O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou seu apoio ao presidente argentino Javier Milei durante uma reunião na Assembleia Geral das Nações Unidas. Trump, que descreveu Milei como um “líder fantástico”, prometeu ajuda ao país, que enfrenta uma grave crise econômica. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que os EUA estão prontos para fazer o que for necessário para estabilizar a economia argentina.

O cenário atual da economia argentina

A economia da Argentina tem enfrentado desafios significativos, incluindo uma inflação que atingiu 211% antes de cair para 37% sob a liderança de Milei. No entanto, a moeda nacional, o peso, viu uma queda acentuada, desvalorizando-se em mais de 6% em um único dia. Os investidores estão preocupados com a capacidade do governo de manter a estabilidade da moeda, especialmente com a necessidade de financiar 10 bilhões de dólares para pagamentos de dívidas ao FMI no primeiro semestre de 2026.

Medidas de Milei e as promessas dos EUA

Milei, que chegou ao poder prometendo cortes drásticos em gastos públicos e reformas econômicas, reduziu subsídios e demitiu funcionários públicos. Embora tenha conseguido diminuir a inflação, a atividade econômica estagnou e o desemprego aumentou, resultando em uma queda nas taxas de aprovação do presidente. O apoio dos EUA, incluindo a promessa de um empréstimo de 20 bilhões de dólares e compra de títulos, visa dar um respiro ao governo Milei antes das eleições de outubro.

Desafios futuros e incertezas

Apesar do apoio financeiro, analistas alertam que a situação ainda é frágil. A contínua desvalorização do peso e a necessidade de reformas adicionais podem complicar ainda mais a recuperação econômica de Milei. A confiança dos investidores está em jogo, e se o presidente não conseguir estabilizar a situação, os riscos de uma nova crise financeira podem se intensificar. Com as eleições se aproximando, cada movimento político será crucial para o futuro econômico da Argentina.

PUBLICIDADE

Relacionadas: