Conheça os novos embaixadores de Trump, amigos e doadores sem experiência
A nova leva de embaixadores de Trump levanta polêmicas devido à falta de experiência diplomática.
Impacto das nomeações de Trump na diplomacia americana
A recente série de nomeações de embaixadores por Donald Trump tem gerado uma onda de críticas, especialmente por conta do perfil dos escolhidos. Com uma abordagem que privilegia amigos e doadores em detrimento da experiência diplomática, a administração Trump tem atraído olhares desconfiados de líderes e diplomatas europeus. A chave para entender essa situação está nas nomeações que envolvem figuras polêmicas e com históricos questionáveis.
O perfil dos novos embaixadores
Entre os novos embaixadores, destaca-se Charles Kushner, um magnata imobiliário com um passado jurídico conturbado. Kushner, que já foi condenado por delitos financeiros, é agora responsável por lobby e negociações em Paris. Sua nomeação não é apenas uma questão de política, mas uma demonstração clara da estratégia de Trump de cercar-se de aliados leais, independentemente de suas credenciais diplomáticas. Outro exemplo é Andrew Puzder, um ex-CEO de redes de fast-food, que agora ocupa o cargo de embaixador da EUA na União Europeia, defendendo uma visão de segurança que critica a imigração.
Reações e preocupações na Europa
As reações na Europa têm sido mistas. Diplomatas expressam preocupações sobre a falta de experiência e a postura agressiva dos novos embaixadores. A frase de um antigo embaixador francês, que descreveu os nomeados como “discípulos do MAGA”, exemplifica bem a desconfiança que permeia as relações. A abordagem de Trump, que sugere uma visão de um continente ameaçado por uma “decadência civilizacional”, polariza ainda mais as relações entre os EUA e a Europa.
Estratégias e desafios diplomáticos
As estratégias diplomáticas adotadas por esses novos embaixadores incluem desde lobby por regulamentações até o fortalecimento de laços com partidos políticos de extrema-direita. A presença de figuras como Kimberly Guilfoyle, que já se destacou como apresentadora de TV e namorada de Donald Trump Jr., levanta questões sobre a seriedade das relações diplomáticas. Sua recente visita à Grécia foi marcada por uma série de eventos sociais, mas também por declarações contundentes sobre a influência da China na região, que cruzam a linha da diplomacia convencional.
A combinação de lealdade política e falta de preparo pode levar a um aumento nas tensões em um cenário global já complicado. Com uma administração que privilegia a retórica acima da experiência, o futuro das relações entre os EUA e seus aliados na Europa parece incerto, à medida que os novos embaixadores tentam navegar em um mar de desafios diplomáticos e expectativas conflitantes.
Fonte: www.theguardian.com
Fonte: Win McNamee/Getty Images



