Reunião entre enviados de Trump e o presidente russo visa buscar um acordo de paz
Reunião entre enviados dos EUA e Putin busca encerrar conflito na Ucrânia.
Reunião em busca do fim da guerra na Ucrânia
Em uma tentativa de resolver o conflito prolongado na Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou seu genro Jared Kushner e o enviado especial Steve Witkoff para se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin. A reunião, agendada para terça-feira (2), busca discutir possibilidades de encerrar a guerra que já dura mais de dois anos, considerada a mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Trump manifestou repetidamente seu desejo de pôr fim ao que ele descreve como um “banho de sangue”, mas até agora, seus esforços não resultaram em avanços significativos, incluindo uma cúpula realizada no Alasca em agosto. A situação militar na Ucrânia tem se agravado, e um conjunto de 28 propostas de paz dos EUA foi vazado recentemente, gerando preocupações entre autoridades ucranianas e europeias sobre suas concessões a Moscou.
Propostas de paz e tensões
Essas propostas preliminares, que incluem exigências de Rússia sobre a Otan e controle territorial, alarmaram muitos, levando as potências europeias a apresentar contrapropostas em negociações em Genebra. A Ucrânia e os EUA afirmaram ter criado um novo “quadro de paz” para tentar resolver as hostilidades, mas Putin enfatizou que as discussões ainda não resultaram em um acordo formal.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, apenas confirmou a reunião, enquanto Putin mantém a posição de que se a Ucrânia não aceitar um acordo, as forças russas continuarão a avançar e a capturar mais território. Atualmente, as forças russas controlam cerca de 19% do território ucraniano, refletindo um aumento em relação ao que era antes. Comandantes russos informaram que novas áreas, como as cidades de Pokrovsk e Vovchansk, foram recentemente capturadas.
Guerra e seus impactos
O conflito, que começou em 2014 após a anexação da Crimeia pela Rússia, resultou em números devastadores, com autoridades dos EUA estimando que mais de 1,2 milhão de homens tenham sido mortos ou feridos. Apesar disso, tanto a Ucrânia quanto a Rússia mantêm sigilo sobre suas perdas, dificultando a avaliação total dos impactos do conflito.
Além disso, a Alemanha e outros países europeus têm reforçado o apoio à Ucrânia, preocupados com um possível acordo que favorece a Rússia e pode abrir caminho para investimentos ocidentais na região. Os principais pontos de exigência da Rússia incluem garantias de que a Ucrânia nunca se tornará membro da Otan e o controle total das regiões de Donbas e Crimeia.
Futuro das negociações
As negociações têm se mostrado desafiadoras, com a Ucrânia argumentando que as exigências russas seriam uma capitulação, colocando o país em uma situação vulnerável. No entanto, os EUA também se dispuseram a oferecer garantias de segurança por um período de 10 anos, o que foi recebido com ceticismo por Kyiv.
A pressão por um entendimento político cresce, e líderes, como o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, expressam a necessidade de um final justo para a guerra. A busca por uma solução diplomática se intensifica, enquanto as consequências do conflito continuam a se espalhar por toda a Europa e além.
Ao se aproximar da data da reunião, as expectativas são altas, mas a complexidade da situação no terreno torna o futuro das discussões incerto.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Agência