Trump estabelece o menor teto de admissão de refugiados da história dos EUA

The Associated Press]

Cap é fixado em 7.500 para o ano fiscal de 2026

O presidente Donald Trump anunciou um teto de admissão de refugiados de 7.500 para o ano fiscal de 2026, o menor já registrado nos EUA.

Em 30 de setembro de 2025, o presidente Donald Trump anunciou o menor teto de admissão de refugiados da história dos Estados Unidos, limitando a entrada a apenas 7.500 pessoas para o ano fiscal de 2026. Segundo o documento presidencial, as prioridades de admissão serão dadas, em sua maioria, a brancos africanos da África do Sul. Essa decisão tem gerado forte repercussão e críticas de diversas organizações de direitos humanos.

Polêmica sobre as prioridades de admissão

O documento menciona que as vagas disponíveis devem ser alocadas entre africanos brancos da África do Sul, de acordo com a Ordem Executiva 14204. Trump argumenta que esses indivíduos estão sendo perseguidos em seu país, uma afirmação contestada pelo governo sul-africano e por líderes africanos. Essa mudança no foco de admissão levanta preocupações sobre a redefinição do que constitui um refugiado no contexto americano, sugerindo que a discriminação, e não a perseguição, pode ser a base para a aceitação.

Críticas à mudança no programa de refugiados

Várias organizações, incluindo o International Refugee Assistance Project, criticaram a falta de consulta ao Congresso antes do anúncio do novo teto. O presidente da organização, Sharif Aly, afirmou que essa mudança evidencia um abandono das responsabilidades dos Estados Unidos em relação aos deslocados. A admissão de refugiados, que historicamente contava com apoio bipartidário, agora enfrenta um cenário adverso, especialmente após a retirada dos EUA do Afeganistão, onde muitos dependiam do programa de refugiados para escapar de condições perigosas.

Impacto das novas diretrizes

A nova diretriz também prevê uma reestruturação na administração dos serviços de refugiados, transferindo recursos e responsabilidades para o Escritório de Reassentamento de Refugiados no Departamento de Saúde e Serviços Humanos. Essa mudança visa uma melhor coordenação e supervisão das atividades de reassentamento dentro do território americano. No entanto, a medida levanta dúvidas sobre a capacidade do programa de atender às necessidades dos refugiados em um momento em que o número global de refugiados é alarmante, ultrapassando 42 milhões, segundo a ACNUR.

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