Apelo do ex-presidente dos EUA ocorre após condenação de Lai.
Ex-presidente dos EUA, Donald Trump, faz apelo por liberdade de Jimmy Lai após sua condenação em Hong Kong.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitou ao presidente chinês, Xi Jinping, a libertação do magnata da mídia de Hong Kong, Jimmy Lai, que enfrenta sérios problemas de saúde após sua condenação recente. Lai, conhecido por seu ativismo em prol da democracia, foi declarado culpado em um julgamento amplamente criticado por organizações de direitos humanos, que o consideram um ataque à liberdade de imprensa em Hong Kong.
O impacto da condenação de Jimmy Lai
Lai, que está preso desde 2020, foi condenado por acusações sob a draconiana lei de segurança nacional imposta por Pequim. A decisão do tribunal foi recebida com indignação por grupos de defesa da liberdade de expressão, que afirmam que Lai é um símbolo da repressão à dissidência em Hong Kong. Durante uma coletiva de imprensa, Trump expressou preocupação com a saúde de Lai, afirmando: “Eu conversei com o presidente Xi sobre isso e pedi que considerasse a liberação dele. Ele é um homem idoso e não está bem. Vamos ver o que acontece”.
Reação internacional e apoio a Lai
A condenação de Lai também provocou reações de autoridades internacionais. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que o veredicto sublinha a determinação de Pequim em silenciar vozes que defendem a liberdade de expressão. A condenação de Lai foi classificada pelo Reino Unido como uma “prosecução politicamente motivada”, clamando por sua libertação imediata. A pressão sobre a China aumenta à medida que líderes ocidentais se unem em torno do pedido de liberdade para Lai, enfatizando a urgência da situação devido ao seu estado de saúde.
A luta pela liberdade de imprensa em Hong Kong
A prisão de Lai e o fechamento do seu jornal, o Apple Daily, em 2021, marcam uma virada significativa no panorama midiático de Hong Kong. Desde então, a cidade viu uma queda acentuada em sua classificação de liberdade de imprensa, atualmente ocupando a 140ª posição entre 180 países, segundo o grupo de defesa da liberdade de imprensa RFA. A falta de um veículo de mídia crítico como o Apple Daily deixou um vazio no discurso público e na supervisão do governo.
“Embora essa condenação fosse esperada, quando a notícia surgiu, sentimos um impacto profundo”, disse Edward Li, ex-editor do Apple Daily, atualmente em Taiwan. “Hong Kong não tem mais uma voz forte para criticar e monitorar o governo, e isso é alarmante”.
A luta pela liberdade de Jimmy Lai continua a ser um símbolo da luta mais ampla pela democracia em Hong Kong, enquanto a comunidade internacional observa atentamente as repercussões desse caso.
Fonte: www.aljazeera.com
Fonte: Reuters
