Trump destaca possível acordo para encerrar guerra na Ucrânia após negociações recentes

Maxym Marusenko/EPA

Após encontros produtivos com autoridades de Kyiv, enviados americanos preveem avanços nas conversas para pôr fim ao conflito

Donald Trump afirmou haver boa chance de acordo para encerrar guerra na Ucrânia após negociações produtivas com Kyiv, enquanto equipe americana se prepara para diálogo com Moscou.

Trump vê potencial para acordo ao encerrar guerra na Ucrânia após negociações em Florida

Em 1º de dezembro, Donald Trump afirmou que há uma “boa chance” de alcançar um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia, após as últimas negociações entre representantes americanos e ucranianos em Florida. O encontro, descrito como “produtivo” pelo secretário de Estado americano Marco Rubio, reuniu membros das delegações de ambos os lados para discutir o futuro do conflito. Rubio destacou que, apesar da relevância do progresso, “mais trabalho” ainda é necessário para avançar.

Trump enfatizou a existência de desafios internos em Kyiv, sobretudo relacionados a uma investigação de corrupção que culminou na demissão do chefe de gabinete do presidente Volodymyr Zelenskyy, o que impacta as negociações. Apesar disso, o ex-presidente americano manteve otimismo quanto ao potencial de um acordo que possa provocar o fim das hostilidades.

Preparativos para a visita do enviado especial Steve Witkoff a Moscou

Com as negociações ocorrendo em Florida, a atenção voltou-se para a próxima etapa: a viagem do enviado especial americano Steve Witkoff a Moscou, prevista para o começo da semana, com o intuito de dialogar diretamente com o presidente russo Vladimir Putin. A expectativa é que Witkoff discuta os pontos levantados nas conversas anteriores e busque caminhos para consolidar a paz. A participação do genro de Trump, Jared Kushner, também foi destacada nos encontros, reforçando o empenho da delegação dos Estados Unidos no processo.

Contexto político e situação militar na Ucrânia pressionam negociações

As negociações ocorrem em um momento delicado para Kyiv, que enfrenta pressões tanto no campo militar quanto político. Durante o fim de semana, pelo menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em ataques dentro do território ucraniano, incluindo um ataque com drones nas redondezas de Kyiv que causou vítimas e feridos. Além disso, a renúncia do chefe de gabinete presidencial Andriy Yermak, investigado por suposto esquema de propinas, introduziu instabilidade política significativa.

Impacto dos ataques a navios-tanque na costa da Turquia e condenação de Ancara

Na costa do Mar Negro, dois navios-tanque, identificados como parte da chamada “frota sombra” russa, foram alvo de ataques com drones navais atribuídos por fontes ucranianas a Kyiv. O governo turco condenou as ações, afirmando que ocorreram dentro da zona econômica exclusiva da Turquia e representaram riscos para a navegação, vidas e meio ambiente. As autoridades turcas confirmaram que as tripulações estão a salvo e ressaltaram a gravidade dos incidentes.

Apoio internacional e diálogos de Zelenskyy com líderes europeus

Em meio a essas tensões, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy manteve diálogo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, agradecendo o apoio contínuo à resistência ucraniana diante da invasão russa. Zelenskyy destacou a importância da atenção reforçada à resiliência do país frente aos ataques constantes que atingem a infraestrutura e setores estratégicos da energia.

Perspectivas e desafios no caminho para a resolução do conflito

Apesar do otimismo manifestado por Donald Trump e Marco Rubio nas negociações, fontes ucranianas qualificaram os diálogos como “não fáceis”, refletindo a complexidade e as divergências que ainda persistem entre as partes. O cenário político interno, a situação do campo de batalha e a reação internacional às ações no Mar Negro são fatores que contribuem para o desafio de alcançar um acordo duradouro. A próxima etapa em Moscou será crucial para definir os rumos do processo e avançar para um possível cessar-fogo que possa trazer estabilidade à região.

Fonte: www.theguardian.com

Fonte: Maxym Marusenko/EPA

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