A tensão entre os EUA e Venezuela se intensifica em meio a apoio internacional.

O presidente dos EUA, Donald Trump, alertou Nicolás Maduro a não adotar uma postura dura, enquanto Rússia e China oferecem apoio ao governo venezuelano.

A escalada de tensões entre EUA e Venezuela

A tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela atinge novos patamares com as declarações recentes do presidente Donald Trump, que advertiu Nicolás Maduro a não “jogar duro” em sua resistência ao governo americano. Em um discurso realizado em seu resort em Mar-a-Lago, Trump insinuou que seria prudente para Maduro considerar a renúncia, destacando a pressão crescente que Washington está exercendo sobre Caracas.

O contexto da pressão americana

Trump, acompanhado por figuras chave como o Secretário de Estado Marco Rubio e o Secretário de Defesa Pete Hegseth, deixou claro que os EUA estão dispostos a intensificar suas ações contra o regime de Maduro. A retórica agressiva do presidente sugere que a intenção de Washington é, sim, forçar a saída do líder venezuelano, embora Trump tenha destacado que a decisão final cabe a Maduro. Essa pressão se intensifica em meio a um aumento militar dos EUA na região, com operações focadas no combate ao tráfico de drogas e à proteção dos interesses americanos no setor de petróleo.

Reação de Maduro e apoio internacional

Após as ameaças de Trump, Maduro respondeu, sugerindo que o presidente americano deveria se concentrar nos problemas internos dos EUA. A Venezuela, que nega qualquer envolvimento com o tráfico de drogas, acusou os Estados Unidos de tentar desestabilizar o país para se apoderar de suas vastas reservas de petróleo, as maiores do mundo. O apoio da Rússia e da China a Maduro se torna um fator crucial neste cenário, com ambos os países denunciando as ações americanas como violadoras do direito internacional e ressaltando o direito da Venezuela de desenvolver-se de forma independente.

Implicações globais e regionais

As tensões entre os EUA e Venezuela não afetam apenas o país sul-americano, mas têm repercussões globais. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, expressou sua preocupação com as operações dos EUA no Caribe, alertando sobre possíveis consequências para a estabilidade regional e o comércio internacional. A China, por sua vez, reforçou sua posição de apoio à soberania venezuelana, condenando as ações americanas como um ataque direto à segurança de outros países.

O que esperar a seguir

Com uma reunião do Conselho de Segurança da ONU programada para discutir a crise, as próximas semanas serão cruciais. A Venezuela se declara pronta para defender sua soberania e seus recursos, mas a escalada de retórica e ações militares sugere que a situação pode se agravar. A comunidade internacional observa atentamente como essa dinâmica se desdobrará, especialmente em um momento em que as economias globais estão vulneráveis e as tensões geopolíticas aumentam. A resposta de Maduro e o suporte contínuo de aliados como Rússia e China serão fundamentais para determinar o futuro do país e sua posição no cenário internacional.

Fonte: www.aljazeera.com

Fonte: Lago club, on December 22, 2025, in Palm Beach, Florida [Alex Brandon/ AP]