Mudança histórica abre portas para uso medicinal e novo mercado
A reclassificação da cannabis por Trump pode transformar o mercado e o acesso a produtos de CBD.
A reclassificação da cannabis por Donald Trump marca um ponto de inflexão na abordagem dos Estados Unidos em relação à substância, que por décadas foi tratada como uma das mais perigosas. Ao mover a cannabis de uma categoria de Schedule I para Schedule III, o presidente permite que uma ampla gama de aplicações médicas possa ser explorada, além de abrir portas para a regularização do setor.
O impacto da reclassificação na saúde pública
A nova ordem executiva, assinada por Trump, não apenas facilita a pesquisa sobre os usos medicinais da cannabis, mas também possibilita que pacientes, especialmente idosos e veteranos, tenham acesso a tratamentos que antes eram limitados. O governo está programando um piloto do Medicare que permitirá a distribuição de produtos de CBD, que devem ser recomendados por médicos, a idosos com cobertura do Medicare. Essa iniciativa é vista como um passo importante para integrar terapias derivadas da cannabis ao sistema de saúde federal, algo que poderia beneficiar milhões de americanos que sofrem de condições crônicas.
Reações do mercado e do setor
Após o anúncio, as ações de empresas de cannabis apresentaram reações mistas. Algumas, como a Tilray Brands, viram suas ações subirem, enquanto outras, como a Trulieve, experimentaram quedas acentuadas. Isso reflete a incerteza do mercado sobre como a nova classificação afetará a concorrência e a dinâmica do setor. Os analistas destacam que a reclassificação pode ser um divisor de águas, permitindo que empresas do setor cansem do ônus da seção 280E do código do IRS, que impedia deduções fiscais comuns, e possibilitando acesso a capital institucional.
Expectativas futuras e desafios
Embora a aprovação da reclassificação seja celebrada como um avanço, também traz à tona preocupações sobre a entrada de grandes empresas farmacêuticas no mercado, o que pode aumentar a competição e, possivelmente, pressionar as empresas menores que já operam neste espaço. A FDA, por exemplo, ainda não concedeu total respaldo ao CBD, apesar de sua crescente popularidade entre os consumidores.
Embora a reclassificação não legalize a cannabis para uso recreativo, como enfatizou Trump, ela certamente cria um novo paradigma em como a substância é percebida e utilizada nos Estados Unidos. Especialistas acreditam que essa mudança pode incentivar mais pesquisas sobre os benefícios e riscos do CBD, ajudando a esclarecer seu papel na medicina moderna.
Fonte: www.cnbc.com
Fonte: CNBC
