Trump classifica mensagem de deputados como ‘sedição’ com pena de morte

Saudi Investment Forum in Washington

Declarações surgem após vídeo de legisladores veteranos convocando militares a desobedecer ordens ilegais

Trump acusa deputados de sedição após vídeo convocando militares a desobedecer ordens ilegais.

Trump acusa deputados de sedição após vídeo militar

Na quinta-feira, 5 de outubro, o presidente Donald Trump fez uma grave acusação contra um grupo de deputados democratas, chamando-os de sedicionistas “puníveis com a morte”. A declaração foi uma reação a um vídeo em que seis deputados, todos veteranos, pedem aos membros das Forças Armadas dos EUA que desobedeçam ordens ilegais e defendam a Constituição.

O vídeo, que teve origem no perfil da senadora Elissa Slotkin, foi publicado na terça-feira e rapidamente se tornou um ponto de discórdia na política americana. Nele, os deputados Slotkin, Mark Kelly, Jason Crow, Chris Deluzio, Maggie Goodlander e Chrissy Houlahan falam diretamente aos militares, ressaltando a pressão e o estresse que enfrentam. “O povo americano precisa que vocês defendam nossas leis e nossa Constituição”, afirmou Slotkin em sua postagem.

Reação de Trump e a escalada da retórica política

Trump não hesitou em amplificar a mensagem, repostando comentários de outros a respeito do vídeo e acrescentando suas próprias palavras. Essa ação acendeu um novo debate sobre a retórica política durante seu mandato e a forma como muitos de seus apoiadores interpretam tais declarações. Críticos afirmam que Trump está agindo como um rei, desviando a atenção de outros assuntos relevantes, como a liberação iminente de documentos sobre Jeffrey Epstein.

No vídeo, os deputados não citam circunstâncias específicas, mas seus comentários ocorrem em um contexto onde a administração Trump tenta implementar o envio da Guarda Nacional para diversas cidades dos EUA. A possibilidade de ordens ilegais sendo dadas aos militares é um tema sensível, especialmente quando se considera as obrigações legais dos militares em rejeitar ordens que possam ser consideradas ilícitas.

Legalidade das ordens militares e a defesa de Trump

Embora os comandantes militares tenham acesso a assessores jurídicos para ajudá-los a determinar a legalidade das ordens, os soldados rasos geralmente não têm essa mesma oportunidade. Existe um princípio legal estabelecido que afirma que a simples obediência a ordens não isenta os soldados de responsabilidade, conforme demonstrado pela defesa de Nuremberg usada por oficiais nazistas.

A legislação militar dos EUA, conhecida como Código Uniforme de Justiça Militar (UCMJ), prevê punições para militares que não cumpram ordens que venham a ser consideradas legais. Trump, em seu descontentamento, descreveu o vídeo como “realmente ruim e perigoso para nosso país”, e pediu a prisão dos deputados, rotulando suas ações como “sedição”.

Declarações do Pentágono e a resposta pública

Uma resposta oficial do Pentágono veio através do porta-voz Sean Parnell, que desafiou as alegações de que ordens ilegais estariam sendo emitidas. Parnell reafirmou que as Forças Armadas seguem ordens e que as ordens civis são legais, chamando os deputados de “loucos”.

Com essa troca acalorada de acusações e a polarização crescente, o episódio destaca as tensões e divisões na política americana contemporânea, especialmente no que diz respeito à militarização e à lealdade constitucional. A chamada dos deputados para que os militares resistam a ordens ilegais não é apenas uma declaração política, mas um apelo à ética militar que muitos acreditam ser fundamental em tempos de crise.

Fonte: www.pbs.org

Fonte: Saudi Investment Forum in Washington

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