Declarações foram feitas após aumento da violência de grupos jihadistas
Trump ameaçou intervir militarmente na Nigéria em resposta a ataques a cristãos, caso o governo não reconheça a situação.
Em 1º de setembro de 2023, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, afirmou que os EUA podem intervir militarmente na Nigéria para “aniquilar terroristas islâmicos” responsáveis por ataques contra cristãos no país. A declaração foi publicada em seu perfil no Truth Social, em meio ao aumento da violência promovida por grupos jihadistas como Boko Haram e Estado Islâmico da Província da África Ocidental.
Reação do governo nigeriano
A fala de Trump foi uma resposta direta à recusa do governo nigeriano em reconhecer o que o presidente norte-americano classificou como “massacre de cristãos”. Trump declarou que, se o governo nigeriano continuar permitindo o assassinato de cristãos, os EUA suspenderão toda a ajuda e assistência à Nigéria, podendo até invadir o país. O presidente também mencionou que está instruindo o Departamento de Guerra a se preparar para uma possível ação militar, prometendo que se atacarem, a ação será rápida e brutal.
Contexto da violência religiosa
Na sexta-feira (31), Trump já havia alertado que o cristianismo na Nigéria enfrenta uma “ameaça existencial”. O país, que possui uma divisão geográfica e religiosa, tem visto um aumento na violência religiosa, com frequentes ataques a igrejas e sequestros de fiéis. O governo nigeriano, por sua vez, nega que haja perseguição sistemática a cristãos, mas enfrenta pressão de organizações de direitos humanos para agir mais efetivamente contra a violência.
Implicações internacionais
Trump também classificou a Nigéria como um “país de preocupação especial”, o que poderia levar a sanções econômicas. A Nigéria, sendo a quarta maior economia da África, é um ponto focal nas relações internacionais, especialmente no que diz respeito à segurança e direitos humanos.