Trump transforma a Casa Branca em um canteiro de obras em metáfora explícita

Shutterstock, AP

Início das obras do salão de festas de $250 milhões representa um retorno ao passado do presidente como negociador imobiliário.

Donald Trump inicia a construção de um salão de festas de $250 milhões na Casa Branca, gerando polêmica e críticas.

Na última segunda-feira, 22 de outubro de 2025, Donald Trump anunciou o início das obras de um salão de festas de $250 milhões na Casa Branca, um projeto que promete ser financiado por ele e doadores não identificados. O evento ocorreu na East Room, onde a equipe de imprensa estava presente e Trump fez gestos em direção a uma cortina dourada, indicando que a construção já estava em andamento.

Um projeto controverso

A demolição de parte do Leste da Casa Branca levantou críticas de especialistas, que veem a ação como um símbolo da transformação do presidente em um ‘demolidor’ das normas e instituições. Douglas Brinkley, historiador presidencial, comparou a cena à destruição de uma obra-prima, enquanto David Frum, ex-redator de discursos de George W. Bush, ressaltou a simbologia de Trump usando dinheiro de aliados para financiar a demolição de bens públicos.

A defesa da administração

Em resposta às críticas, a Casa Branca lançou uma nota, descrevendo a construção como uma “adição visionária” que se alinha à história de melhorias na residência presidencial. A administração citou exemplos de renovações feitas por presidentes anteriores, como a construção do West Wing por Teddy Roosevelt e a transformação da piscina de Richard Nixon em uma sala de imprensa.

O foco em projetos grandiosos

Trump, em seu segundo mandato, parece estar se afastando da política interna para se concentrar em projetos grandiosos, como o salão de festas e um plano para um arco triunfal próximo ao Lincoln Memorial. O presidente demonstrou entusiasmo ao ouvir o som das construções, associando-o à ideia de dinheiro e progresso.

Comparações históricas e culturais

As comparações nas redes sociais não tardaram, associando Trump a figuras históricas como Albert Speer, o arquiteto de Hitler, e evocando o poema “Ozymandias” de Percy Bysshe Shelley, que reflete sobre a futilidade do poder e da grandeza.

No geral, a construção do salão de festas não é apenas uma questão de arquitetura, mas um reflexo das mudanças na imagem e na política de Trump, que busca deixar sua marca na Casa Branca de maneira memorável.

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