Ex-presidente procura reforçar sua agenda econômica em meio a preocupações populares sobre finanças
Ex-presidente Donald Trump se prepara para visitar a Pensilvânia e abordar questões econômicas em meio a preocupações com a inflação.
Trump visita Pensilvânia para abordar economia e inflação
Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, viajará para a Pensilvânia na próxima terça-feira com o intuito de promover sua agenda econômica. Este movimento ocorre em um contexto em que pesquisas demonstram que a maior parte dos americanos tem preocupações significativas sobre suas perspectivas financeiras. Neste cenário, a visita de Trump representa uma tentativa de reforçar suas promessas de recuperar a economia e controlar a inflação.
Uma pesquisa realizada pela NBC News revelou que quase dois terços dos entrevistados acreditam que Trump não conseguiu cumprir suas promessas de reduzir custos e impulsionar a economia. A administração atual, por outro lado, alegou que suas políticas têm sustentado a economia, destacando que o ex-presidente está tentando desfazer os danos causados por seu sucessor, o democrata Joe Biden. A visita a uma região politicamente competitiva do estado reflete um reconhecimento de que Trump não tem sido tão eficaz em persuadir o público sobre sua narrativa econômica quanto desejava.
A avaliação de um funcionário da Casa Branca, que falou sob condição de anonimato, sugere que a viagem tem mais a ver com a construção de uma narrativa política do que com uma mudança substancial nas políticas. “Estamos trabalhando nisso desde o primeiro dia”, disse o funcionário, referindo-se ao esforço contínuo da administração em abordar as preocupações econômicas da população.
Os republicanos no Congresso expressam crescentes preocupações sobre a fragilidade da posição do partido na Câmara, especialmente se a inflação, taxas de juros elevadas e um mercado de trabalho em contração não forem adequadamente enfrentados antes das eleições de meio de mandato do próximo ano. Um estrategista republicano que atua em campanhas eleitorais mencionou que muitos membros do partido têm compartido suas inquietações com aqueles que estão dispostos a ouvir.
Mensagem inconsistente
As mensagens sobre a economia por parte da administração têm sido contraditórias. Enquanto alguns assessores da Casa Branca destacam políticas que supostamente beneficiam a economia, Trump, ocasionalmente, descreve a crise da acessibilidade como um “golpe” ou uma “farsa”. Segundo o funcionário anônimo, quando Trump questiona a validade da crise de acessibilidade, ele se refere à forma como os democratas o culpam por problemas que, segundo ele, são “totalmente de responsabilidade deles”.
Recentemente, Trump anunciou que reverteria normas de eficiência de combustível como parte de um esforço para reduzir os preços dos automóveis. Além disso, sua equipe menciona iniciativas como “títulos de bebê” e esforços para reduzir os preços de medicamentos prescritos como provas de seu comprometimento em ajudar os americanos a lidar com suas despesas.
Reconhecimento das preocupações dos eleitores
A decisão de Trump em dirigir-se a um local politicamente competidor para discutir a economia evidencia uma nova sensibilidade às percepções dos eleitores sobre a situação econômica atual e suas perspectivas futuras. Os democratas, que obtiveram vitórias em eleições para governador na Virgínia e em Nova Jersey no mês passado, assim como um candidato democrata que perdeu uma eleição especial para a Câmara por uma margem menor do que o esperado, focaram na acessibilidade como a questão principal de suas campanhas. A oposição não mostra sinais de que pretende interromper a crítica de que Trump não está atendendo ao momento econômico.
Com a expiração das subsídios para a Lei de Cuidados Acessíveis prevista para o fim do ano, o Comitê de Campanha do Congresso Democrático criticou membros vulneráveis do Partido Republicano por potencialmente agravarem a situação de milhões de americanos. “O tempo está se esgotando para que o Congresso tome medidas para resolver a crise de saúde republicana, mas os chamados moderados se recusam a agir”, afirmou o porta-voz do DCCC, Justin Chermol, em uma declaração na quinta-feira. “Esses impostores serão responsabilizados por sua crueldade no próximo ano.”
Este cenário político complexo ilustra os desafios que Trump enfrenta em sua tentativa de reafirmar sua posição sobre questões econômicas essenciais, à medida que se aproxima um novo ciclo eleitoral.
Fonte: www.nbcnews.com


