A descentralização do turismo emerge como uma resposta crucial ao “overtourism”, problema que afeta destinos saturados e a qualidade de vida de seus habitantes. A criação de rotas aéreas inovadoras surge como uma das principais ferramentas para alcançar essa descentralização, permitindo o redirecionamento de fluxos turísticos para regiões menos exploradas e o aumento da duração das estadias.
Na Itália, país conhecido por cidades como Roma e Milão, a vasta maioria de seus destinos, precisamente 96%, ainda não enfrenta o desafio do excesso de visitantes. Greg O’Hara, presidente do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), enfatiza a colaboração com o governo local para a restauração de voos diretos e a implementação de novas rotas aéreas. Atualmente, já existem voos frequentes ligando Nova York à Sicília e Bari. Para o próximo ano, está previsto o lançamento inédito de um voo direto entre Nova York e Olbia.
O’Hara destaca que ao direcionar turistas para novas áreas, a tendência é que eles permaneçam por mais tempo nesses locais, contribuindo para uma distribuição mais equilibrada dos benefícios e impactos do turismo. A Sicília é apontada como um exemplo notável: “Um turista americano pode facilmente passar entre 10 dias e duas semanas na Sicília sem conseguir explorar tudo. É um lugar verdadeiramente incrível, com uma herança cultural riquíssima. Acredito que a ilha e seus arredores se tornarão um dos principais destinos turísticos globais nos próximos dez anos.”
Finalizando, O’Hara reiterou seu convite: “Se ainda não tiveram a oportunidade de visitar a Sicília, recomendo fortemente que o façam. É absolutamente fantástica.”